Andrea Trindade
Familiares e amigos do técnico em refrigeração e motorista de aplicativo, Jefferson Bento Santana, o aguardaram na frente do Conjunto Penal de Feira de Santana nesta sexta-feira (29), esperançosos de que o depoimento favorável de uma testemunha na última quinta-feira (28) e o pedido de absolvição do Ministério Público seriam decisivos para ele deixar a prisão.
Foto: Arquivo Pessoal
Jefferson foi preso há sete meses preso sob acusação de participar de diversos assaltos na cidade. Desde então, familiares e amigos tentam provar na Justiça que ele é inocente e teria sido feito refém por dois homens que solicitaram uma corrida no dia 23 de setembro de 2021 e, após anunciarem um assalto, teriam obrigado o motorista a conduzir o carro enquanto eles praticavam os crimes em bairros da região norte de Feira.
Nesta sexta-feira (29) foi realizada uma audiência por videoconferência, na qual testemunhas foram ouvidas, mas não foi suficiente para a justiça determinar a soltura de Jefferson. O advogado do motorista, Jackson Santa Bárbara, informou ao Acorda Cidade, que foi marcada uma nova audiência, que será realizada em maio. Foram ouvidas seis testemunhas, sendo quatro de defesa e duas de acusação.
“Quem decide é a juíza e na audiência realizada nesta sexta-feira nada foi decidido e foi remarcada uma nova audiência para o mês de maio para ouvir outras testemunhas. É notório que Jefferson é inocente e cabe a ela decidir favorável. Hoje foram ouvidas quatro testemunhas e mais duas acusações, total de seis testemunhas, inclusive dois policiais que já foram ouvidos em outra audiência e retificaram a ouvida deles erroneamente, ou seja, não retificaram, ratificaram”, declarou.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
A presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Aplicativo (Sincapp), Vivian Santos, que acompanha o caso, informou ao Acorda Cidade que a família e amigos ficaram esperando Jefferson sair do presídio até as 20h.
“Não é atoa que ficamos aqui que ficamos até as 20h, na frente do Conjunto Penal, esperançosos de que ele iria sair, mas infelizmente não foi esse o resultado. O advogado disse que a justiça está procrastinando, infelizmente a gente está percebendo uma morosidade neste processo. Não tem condições de um pai de família, uma pessoa inocente, existem provas e ele está esperando este tempo todo. Já chegou no limite da família, a família não está suportando mais esta situação e aí medidas mais drásticas serão tomadas, mudança de advogado, e aí vai entrar com as apelações todas que forem possíveis”, declarou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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