Feira de Santana

Duplicação do último trecho do Anel do Contorno de Feira de Santana terá três viadutos, passarelas e revitalização no entorno

A obra no trecho está entre as prioridades do Governo Federal, por ser um dos maiores gargalos nas rodovias do Norte/Nordeste.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O Projeto Executivo de duplicação do último trecho do Anel de Contorno – Avenida Eduardo Fróes da Mota (Viaduto do Cajueiro/Cidade Nova), em Feira de Santana, foi apresentado na manhã desta sexta-feira (18), no auditório da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Promovido pelo deputado federal Zé Neto (PT), o encontro contou com a participação do prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, do secretário municipal de Transportes e Trânsito, Sérgio Carneiro, do superintendente de Operações e Manutenção (Soma), João Vianney, representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da empresa RTA, responsável pelo projeto, além de representantes do setor produtivo, instituições de nível superior, movimentos sociais, órgãos públicos municipal, estadual e federal e a imprensa.

A engenheira responsável pelo projeto executivo do Contorno Leste, Monique Torrano, informou em entrevista ao Acorda Cidade, que a data do início da obra ainda não foi definida, porque primeiro entrega-se o projeto ao executivo, aguarda a aprovação e depois abre a licitação. Esses trâmites podem levar entre 40 e 60 dias. Depois inicia a obra, que deve levar cerca de dois anos para ser concluída.

Ela destacou que desde o início o projeto buscou se adaptar às necessidades locais. “Esta apresentação do projeto foi fundamental para mostrar que estamos com a comunidade, que estamos tentando atender aos pleitos, para que a obra seja impactante de forma positiva para a cidade”, declarou.

Monique afirmou ao Acorda Cidade, que na duplicação estão previstas as construções de três viadutos e quatro passarelas, e há estudo para a implantação de uma quinta passarela.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Teremos viaduto sobre a Rua Tupinambás, outro viaduto próximo à Lagoa Grande, para absorver o tráfego local, e outro viaduto após a Lagoa Grande para atender também a demanda local de comércio e tráfego dos bairros. As vias marginais também serão completadas todas no padrão DNIT, com pistas de rolamento de sete metros, tudo preconizando a segurança do usuário, dos lojistas e dos clientes da região que é muito contemplada por estabelecimentos comerciais e fluxo de pessoas. Todo o projeto pensa nesta segurança”, garantiu.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O deputado federal Zé Neto destacou que a obra está entre as obras de prioridades do Governo Federal.

“Não é só a duplicação, é a construção de uma linda Avenida de Contorno. Depois que a gente finalizar a obra vamos partir para as outras. Você viu que as últimas duplicações ficaram mais focadas em ser uma estrada duplicada, mas é só uma estrada, é uma avenida também e essa avenida há um cuidado maior porque tem mais comércio, tem mais comunidades e podem ser mais integradas. Uma obra dessa leva cerca de dois anos para ser concluída. O presidente Lula disse que esta obra está entre as prioridades. É um dos maiores gargalos do Norte/Nordeste”, declarou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O prefeito Colbert Martins informou que é necessário definir a o número de passarelas a serem construídas e a conclusão da via marginal em frente ao Supermercado São Roque – no outro lado da via os serviços já foram concluídos, cujo recurso foi de emenda parlamentar de sua autoria.

As obras serão executadas pelo DNIT.

Obras nas rodovias baianas

O superintendente do DNIT, na Bahia, Roberto Alcântara de Souza, informou ao Acorda Cidade sobre as obras que o órgão vai executar no estado com os recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foi lançado na semana passada. As obras nas rodovias contempladas estão divididas em lotes de 1 a 6.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A BR-116 é uma rodovia importante, dividida em seis lotes. Ela tem início lá na divisa Bahia-Pernambuco, no trecho do Ibó, que fica no município de Abaré e vai até Feira de Santana. O lote 6, que é de Feira de Santana até Santa Bárbara, é um lote que pretendemos entregar o eixo principal, viadutos, passarelas, e que temos previsão de entregar até o final do ano, do eixo principal do lote seis”, disse.

O lote 5 da obra, que compreende o trecho entre Santa Bárbara e Serrinha, foi paralisado por alguns anos em virtude de inconsistências e embaraços jurídicos e contratuais. No entanto, a expectativa é que as obras sejam retomadas ainda neste ano, porque o processo de rescisão do contrato já foi iniciado.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Estamos em um processo de rescisão com a empresa que iniciou a obra, em fase bastante avançada, inclusive. Ontem dialogamos com o DNIT em Brasília para que buscássemos a solução mais rápida com a segurança jurídica necessária, nessas relações. A nossa expectativa é que nos próximos, 40 ou 60 dias o processo de rescisão seja concluído e que possamos chamar a próxima licitante, que inclusive, já manifestou interesse em assumir o remanescente dessa obra, a expectativa é ainda este ano”, disse.

Segundo Roberto Alcântara, o Lote 5 vai um pouco além de Serrinha, já próximo a Teofilândia. Já a BR-101 entre a Bahia e Sergipe e vai até a BR-324, e tem um trecho de aproximadamente 160 km. Para efeito de licitação este trecho foi dividido em quatro lotes de aproximadamente 40 km, e está com cerca de 90% da obra já finalizada.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Há ainda o remanescente que é o que tem trazido transtornos para a população em virtude dos desvios, tem ocorrido alguns acidentes neste trecho, mas o DNIT está engajado, nossa equipe está trabalhando no local, promovemos a limpeza dos canteiros, sinalização, reparos na pista e paralelo a isto, estamos levantando o que está faltando fazer. A empresa de engenharia está fazendo o levantamento para que a gente possa adequar as planilhas e licitar novamente para o lote 1 e 2. Tudo isso previsto para os próximos 60 dias”, explicou.

Já o lote 3 contempla toda a travessia urbana de Alagoinhas. Neste trecho, segundo ele, há dificuldade de fluidez e falta de segurança, e também será licitado ainda neste ano, uma vez que o projeto já está na fase final.

Com relação ao Lote 4, próximo à Feira de Santana, com mais de 20 km executados, está também em processo de rescisão com a empresa que estava à frente da obra. O DNIT está levantando o que falta ser feito e posteriormente abrir a licitação para outra empresa assumir. Todo esse trecho também se encontra no Novo PAC.

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