Permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras, que atuavam como camelôs no centro da cidade e foram alocados para o empreendimento, compareceram na manhã desta quinta-feira (21) à Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo (Settdec) para participarem do recadastramento, que está sendo feito pela prefeitura. O objetivo é viabilizar a reabertura dos boxes que foram lacrados e buscar uma solução com relação às taxas a serem pagas por eles, como aluguel e condomínio.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a permissionária Jose da Silva destacou que a prefeitura pretende fazer um mapeamento da situação dos camelôs que ainda estão no shopping, porém sem trabalhar devido ao fechamento dos boxes pela administração.
“O prefeito convocou os camelôs para virem aqui para um recadastramento, para ver o que irá fazer sobre o aluguel dos camelôs que foram alocados para o Shopping Popular. Então vai fazer um mapeamento. O meu boxe já está há uma semana sem energia e há três dias lacrado, então estou sem trabalhar. E à medida que a pessoa vem até a secretaria, ela manda a foto para lá e manda deslacrar o boxe”, afirmou.
Outra vendedora, Maria Sônia salientou que está difícil trabalhar no local devido às altas taxas cobradas para permanecerem lá e espera que haja uma redução.
“Mesmo porque nós camelôs, que fomos retirados das ruas, não achamos justo ficar pagando o mesmo valor que as lojas que a concessionária vende, a título de aluguel e condomínio. Algum benefício tem que ter para a gente que é camelô e foi levado para lá. A gente tem que acreditar, porém esse recadastramento não muda nada por enquanto. A única coisa boa que vai acontecer é a retirada dos lacres, mas isso não nos dá garantias de que Elias não vai mandar lacrar de novo, e a energia que foi cortada, que vai religar. Enquanto o poder público estiver se manifestando a favor da nossa classe e não houver algo que contradiga o que foi prometido, a gente vai continuar acreditando”, disse.
A permissionária Mara da Silva afirmou que os camelôs deveriam pagar uma taxa mínima. “Com ssa convocação, graças a Deus o pessoal da prefeitura e José Ronaldo está tentando resolver a situação dos camelôs. Como a gente tem 9 mil metros quadrados, o prefeito tem que rever a situação da gente, fazer o mapeamento para ver quem é camelô de verdade e estamos resolvendo aí para ver paga uma taxa mínima, porque não tem vendas. A gente vive de auxílio, e também mantém uma mercadoria em casa e vende online.”
O secretário Sebastião Cunha informou que a atualmente a prefeitura não sabe quantos permissionários estão atuando de fato no shopping e por isso realizou esta convocação.
“Primeiro que eram 1.800 camelôs cadastrados, mas só apareceram lá para fazer a contratação 1.470, desses, segundo as lideranças que estão aqui, deve ter em torno de 600. O Elias Tergilene disse um dia em uma rádio que só tinha pouco mais de 100. Então precisamos saber quantos existem. Tenho a relação de todos que assinaram o contrato e estou conferindo. Eles devem trazer o contrato original e uma cópia, para a gente autenticar. Pergunta se o box está fechado ou aberto, a gente coloca o dono na frente do box e fotografa, sabendo que ele tem toda a documentação, e esse pessoal a gente vai chamar para resolver a situação. E os boxes serão reabertos. Essa portaria é o primeiro movimento das ações determinadas pelo prefeito, que encomendou a mim e ao vice-prefeito Fernando de Fabinho buscar uma solução”, explicou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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