O corpo de Cícero dos Santos, 54 anos de idade, está sendo velado em um Centro de Velórios no bairro Kalilândia e, será sepultado no período da tarde no Cemitério Jardim das Flores em Feira de Santana.
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Cícero, natural da cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, era um dos pacientes que estava sendo atendido no centro de recuperação fechado no dia 4 de junho pelo Ministério Público. O local foi alvo de denúncias de maus tratos.
O homem deu entrada no dia 30 de maio no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), vítima de queda, segundo informações prestadas pela direção do centro de recuperação. Cícero teve traumatismo craniano e não resistiu aos ferimentos, falecendo na noite da última segunda-feira (24).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a irmã de Cícero, Cícera dos Santos Souza, informou que não foi a família que denunciou o centro de recuperação ao Ministério Púbico. Segundo ela, a família já tinha conhecimento que Cícero estava internado no HGCA, mas não desconfiava do que poderia ter acontecido.
Somente após divulgação do caso, que a família procurou a delegacia.
“A gente colocou ele lá, achando que poderia ter uma vida melhor. No dia 1º, entramos em contato, conversamos com a secretária e ela nos informou que ele estava bem. Mas um dia depois, nós entramos em contato novamente e, ela nos disse que ele tinha passado mal e estava no hospital, perguntei o que tinha acontecido e ela disse que estava com febre. Questionei o que realmente tinha acontecido, ela disse que ele estava fazendo exames, mas não falava realmente o que aconteceu. Minha irmã fez o pagamento do mês e, quando perguntou sobre nosso irmão, fomos informadas que ele estava no Clériston, se alimentando pela sonda. Fui lá e encontrei meu irmão entubado, descordado e com marcas no rosto e na cabeça. Nós não tínhamos acesso ao local, ainda mais que tem um muro super alto lá. Cícero já tinha cerca de 5 meses internado no centro. Quando cheguei em casa, passou no jornal a situação que tinham fechado o local, foi quando mandaram eu ir na delegacia procurar saber o que estava acontecendo”, relatou.
De acordo com Cícera, um valor de R$ 600 era pago todos os meses.
“Nós pagávamos um valor de R$ 600, nós temos comprovantes do pagamento, do PIX que era feito, seja na minha conta, na conta dos meus filhos. Eu sei que ainda não sei o que pode ter acontecido com meu irmão, existem comentários que havia espancamento, mas eu não posso afirmar, o que eu não vejo, eu não posso confirmar. Quero deixar claro que não fomos nós que denunciamos o centro, só depois que ficamos sabendo de fato do que estava acontecendo com o fechamento do centro”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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