O distrito de Matinha em Feira de Santana é conhecido pela agricultura familiar e pelo samba de roda da região que ganha o mundo com a Banda Quixabeira da Matinha. Além dessas personalidades culturais, a localidade possui turismo religioso, estabelecimentos e comércios que se autossustentam com o trabalho desenvolvido na localidade.
Foi lançada no distrito, a revista ‘Na Matinha Tem’, uma iniciativa que abrange a produção dos serviços e produtos do distrito, com o objetivo de fortalecer o comércio da Matinha e é disponibilizada impressa e digital para os moradores.
Claudiana do Nascimento esteve no estúdio do Acorda Cidade e contou os serviços que estão disponíveis produzidos pelos moradores da comunidade.
“Segmentamos a revista, trouxemos a assessoria jurídica, imobiliária, trouxemos as empresas voltadas para a construção, empresas de instalações de serviços elétricos, assistência de celulares e computadores, serviço de segurança, internet, veicular e patrimonial, temos lojas de bike. Nós temos uma página inteira com motos, oficinas de autopeças”, entre tantos outros estabelecimentos e serviços oferecidos por eles.
Segundo Claudiana, toda a comunidade está bem receptiva para participar da proposta de divulgação. Além dos serviços citados, tem espaço para mercados, academias, clínicas, restaurantes, lanchonetes, grupos, divulgações de artistas, artesãs e muito mais do que se produz na localidade.
Apesar de tantos serviços, ainda faltam bancos, agências bancárias, caixas eletrônicos 24h e casas lotéricas, serviços essenciais que os moradores precisam se deslocar para buscar no centro de Feira de Santana.
Reginaldo Júnior é advogado especialista eleitoral e reforçou que os moradores, que somam 10 mil eleitores, devem cobrar das autoridades a implementação desses estabelecimentos no distrito.
“A gente tem realmente a intenção de buscar um parceiro, uma lotérica, um banco, um consultório odontológico, médico e quem sabe de uma clínica popular para o distrito da Matinha”, ressaltou.
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Matinha dos Pretos
Ainda segundo Claudiana, o nome do distrito surgiu através da história de uma fazenda que tinha na região no período da escravidão, onde houve uma revolta, em que os escravizados desceram para um tanquinho e a partir daí eles desenvolveram uma comunidade e se fortaleceram. A doação da sede da Matinha também está registrada como inspiração para o nome.
“Aquela área de serrana foi promessa de uma das moradoras dessa fazenda que se a febre passasse, que ela iria fazer a doação e construir uma capela e aí nasceu o quilombo Matinha dos Pretos”, contou.
Além disso, o distrito abriga a história das comunidades negras e da luta dos escravizados na região. Em 28 de novembro de 2021, a Igreja de São Roque da Matinha foi reconhecida como a primeira paróquia quilombola do Brasil.
Outra ideia empreendedora para fortalecer o comércio da região é a implementação do cartão ‘Na Matinha Tem’, que é destinado aos moradores e as empresas vinculadas ao projeto da revista. O objetivo é fazer o dinheiro circular dentro da comunidade.
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