Os moradores do Parque Panorama, no bairro Tomba em Feira de Santana, relataram ao Acorda Cidade, na manhã desta segunda-feira (29), os estragos causados pela chuva que afetou diversas famílias no fim de semana.
Diversos moradores perderam móveis e eletrodomésticos, que estavam espalhados pela ruas Adriano Araújo e Silvina Marques, formando pilhas. A reportagem conversou com alguns dos moradores que foram afetados.
Jean Michel, que reside na Rua Adriano Araújo e mora no conjunto há 27 anos, informou que perdeu o sofá, além de outros itens. Ele disse que o alagamento teria sido causado por uma obra nas imediações.
“Moro aqui há 27 anos, têm pessoas aqui que fundaram o bairro, que têm 85 anos e nunca existiu isso. Quando começou a acontecer, foi por uma maquiagem, uma obra do antigo gestor, foi um caos. O bairro é inclinado, o antigo gestor fez uma obra que a água, na primeira chuva que deu, desceu toda e começou a alagar tudo. Desde então nós estamos cobrando e ele nunca tomou uma solução. Foi uma obra muito ruim, muito mal feita. Todos os anos é a mesma coisa. Perdi a geladeira, o sofá, não tenho mais um colchão para dormir. A água bateu quase um metro”, relatou.
Getúlio Lima, que também é morador do conjunto, relatou que a casa do seu filho também foi inundada após as chuvas.
“Entrou água que bateu meio metro na casa do meu filho. Eu moro na Amado Bahia e entrou água também, os vizinhos perderam tudo. Feira de Santana não aguenta água e depois que fez a pista, a água vem toda para cá”.
Alexandro, que reside na Rua Adriano Araújo, relatou que no momento em que a chuva estava intensa, os veículos, mesmo de grande porte, não conseguiam trafegar. Ele também relatou que perdeu móveis.
“Eu perdi duas camas, um sofá e o guarda roupa. É um prejuízo enorme. Eu nem vou comprar mais, porque não tem como botar móvel novo, porque a água pode vir de novo. Carro nenhum, nem caminhão não passava. Vale lembrar que tem muito lixo acumulado e as bocas de lobo aqui não dão conta, nem de esgoto. A rua do posto médico é a pior que tem”.
Já na Rua Silvina Marques, o prejuízo relatado pelos moradores não foi diferente. O morador Valdemir Souza contou que um ponto da rua virou lixão para os móveis perdidos. No momento da chuva, ele precisou sair às pressas com a família de casa para se proteger.
“Começou a chuva na sexta, tiramos o que podia. Foi muito intensa, veio de repente e começou a entrar em nossa casa. Perdemos três guarda-roupas e outros móveis. Algumas pessoas já passaram aqui pelo lixo e já levaram móveis, porque tinha muito mais. Moro aqui há 23 anos, nunca aconteceu de entrar água dentro de casa”, finalizou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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