Os moradores da Rua Rio Paraná, no bairro Santa Mônica I, em Feira de Santana, voltaram a relatar a reportagem do Acorda Cidade, o abandono do antigo prédio da subdelegacia do trabalho que está trazendo problemas sanitários e de segurança para a população do entorno.
Novas reclamações registram perturbação do sossego, o fluxo de pessoas dentro do espaço para práticas criminosas, como uso de drogas e a insegurança que estes usuários estão levando para os moradores.
O comerciante Luciano Oliveira tem uma banca de frutas nas proximidades. Ele relatou os transtornos que tem sofrido por parte de algumas pessoas que estão invadindo o prédio para desmanchar as estruturas, bem como cometer outras práticas ilegais.
“A gente fica preocupado porque existe hoje um fluxo de pessoas que a gente não conhece, que não é daqui da região, utilizando para usar drogas, não sei mais outras coisas que podem estar acontecendo no interior do prédio. Acordamos durante a noite, 0h, 1h, que é o fluxo maior de pessoas estranhas. A gente fica com medo”, explicou.
Segundo o comerciante, há pouco tempo sua banca de frutas foi assaltada e houve uma tentativa de arrombamento em sua casa. Situação preocupante, pois segundo ele, está colocando a vida de sua família em risco. Luciano também comentou sobre o abandono do patrimônio.
“Eu tenho um comércio de frutas e terminaram roubando frutas nos meus carros. Entraram em minha casa há uns 15 dias, tentaram roubar. E isso existe todos os dias, então a gente fica com medo, preocupado, porque um prédio desse porte poderia estar utilizando para outras atividades do governo, tanto estadual, federal, municipal, sendo útil para a população, já que é um recurso voltado à população. Então a gente pagou imposto, construiu este prédio e hoje se encontra abandonado, sem nenhuma utilidade viável para a população”, relatou.
O prédio que pertence ao governo federal está abandonado com bastante lixo, tanto dentro, quanto do lado de fora. As árvores estão sem poda, o que torna completamente inviável a visibilidade do espaço. Quem observa de fora, vê um matagal preocupante.
“O governo federal, estadual ou municipal pode fazer parcerias e está utilizando de qualquer forma ou fazendo uma doação até para uma entidade não governamental, para estar utilizando o recurso do próprio povo. Então tem que utilizar para que as pessoas venham a beneficiar deste imóvel que está aqui, tanto espaço vazio sendo utilizado de forma errada”, disse Luciano ao Acorda Cidade.
Robson Silva trabalha na região e também relata a falta de segurança do local. Segundo ele, explosões estão sendo constantes no prédio.
“De segunda para terça a minha irmã me ligou que está tendo explosão aqui no meu trabalho. A porta de vidro que estava ali, os carros jogaram uma pedra e estourou, Ele fica durante a noite arrancando as portas de vidro para tirar o alumínio para vender. Quer dizer, os moradores do bairro não estão tendo sossego”, reclamou.
Os moradores estão em pânico, sem conseguir dormir a noite com medo do que pode acontecer no entorno e até mesmo em suas residências.
Além disso, Robson também relatou o desmonte que está sendo realizado no prédio público, que deveria estar sendo utilizado a serviço do cidadão.
“Só falta agora eles quebrarem a laje para arrancar as ferraduras, porque tudo que tinha aqui estavam levando. Vaso sanitário, portas, tudo. Não tem sossego. Até os refletores que estão quebrados, a iluminação, a fiação que está ligada, eles arrancaram. Não estamos tendo sossego, a gente quer qualquer solução do governante, que pareça alguém, porque os moradores não estão aguentando mais”, desabafou.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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