Jacivaldo Pereira Gomes, de 44 anos, conhecido como Charlinho, foi sepultado na manhã desta sexta-feira (17), no Cemitério São João Batista, em Feira de Santana. O homem perdeu a vida violentamente na última quarta-feira (15), com um tiro na barriga, logo após seu carro colidir com outro veículo, o qual, o condutor desceu armado e efetuou o disparo.
Familiares, amigos, vizinhos e populares, principalmente do bairro Caseb, região que a vítima morava, se reuniram para dizer o último adeus ao metalúrgico.
Entenda o caso
O caso ocorreu na avenida marginal da Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), na saída do bairro Santo Antônio dos Prazeres, em frente à Lagoa Grande. A vítima foi socorrida para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o delegado Gustavo Coutinho, a filha do rapaz estava com ele e informou que logo após a colisão, seu pai desceu do veículo e disse que iria arcar com os danos, mesmo assim, não foi ouvido, sendo alvejado na barriga. Eles estavam em um Gol que acabou batendo na traseira de outro carro.
Durante o velório no bairro SIM, na manhã desta sexta, a cunhada da vítima, Jeane Costa Alves, confirmou ao Acorda Cidade quem estava no veículo quando tudo aconteceu.
“Estavam as duas filhas dele, a de 24 e a de oito anos, além do neto de dois anos. Ele estava na chácara dele voltando para casa, poucos metros de casa. Ele morava no Caseb próximo à lagoa e ele estava já pegando a pista para entrar na principal, fazer o contorno para chegar na casa dele. Muito feliz, estávamos todos lá na chácara, ele ficou tão feliz quando viu a gente chegando, ele chorou, estava muito grato a Deus pelas conquistas e é isso gente, a vida dele foi ceifada por um nada, ele iria pagar, ele já saiu do carro dizendo que iria pagar, o homem não quis conversa, já chegou gritando, xingando. Ele insistiu: ‘amigo eu vou pagar’; e começou a xingar e meu cunhado e minhas sobrinhas implorando, não adiantou, ele tirou a arma colocou na cabeça do meu cunhado e minhas sobrinhas gritando, dizendo a ele, ‘moço não atire no meu pai, não atire no meu pai, ele vai pagar’. Ele não escutou, não quis saber e atirou na barriga do meu cunhado”, relatou.
De acordo com o relato de Jeane, mesmo caído ao chão, após ser baleado, Jacivaldo questionou o porquê o atirador fez aquilo na frente de suas filhas. Ela também contou que a esposa dele estava em um carro logo atrás.
“Meu cunhado depois de ter levado o tiro ainda falou com ele, ‘você fez isso na frente das minhas filhas?’, e depois foi desfalecendo”, lamentou Jeane.
Antônio Carlos Cerqueira de Araújo era vizinho, amigo e cliente de Jacivaldo. Ele contou como era a convivência com a vítima e comentou sobre a situação.
“Menino bom, amigo da gente. Lamentamos muito o acontecido. A gente vive hoje, um momento de tremenda impaciência, um com o outro. Essa tragédia do Charlinho, como a gente chamava ele, é fruto da impaciência, do trânsito, do dia a dia, do ser humano hoje. Inclusive, é nosso vizinho também lá no Retiro. A gente tem uma roça lá, e a dele é próxima da nossa. A família é muito querida, a família do pai, que se chama carinhosamente Jajá, é muito querida na comunidade do bairro do Caseb, nascidos e criados ali no Caseb, então é uma família de bem, que tem um vínculo muito grande com as pessoas da comunidade. Então, isso reflete no sentimento da forma como foi tirada a vida do Charlinho. Reflete na amizade de cada um. É duro a gente receber esse tipo de notícia, esse tipo de acontecimento, porque pega todo mundo de surpresa”, declarou.
Jacivaldo era metalúrgico. Ele deixa esposa, duas filhas e um neto que segundo a família, foi o filho homem que ele não teve.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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