Neste dia 2 de abril, fiéis católicos celebram o Domingo de Ramos e iniciam a Semana Santa em todo o país. A data relembra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – símbolo da humildade – e aclamado pelo povo.
Em Feira de Santana, os fiéis realizaram uma procissão que saiu às 6h30 da capela do Colégio Padre Ovídio com destino à Igreja Senhora Sant’Ana, a Igreja Matriz, onde participaram de uma missa celebrada pelo arcebispo metropolitano Dom Zanoni Demettino Castro. Em outros locais da cidade também foram realizadas missas e procissões, a exemplo da Capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara.
Ao Acorda Cidade, o arcebispo explicou, que não há mais aquela grande multidão no centro da cidade participando da celebração com galhos de oliveira como se via antes, justamente porque ela foi descentralizada para as diversas paróquias da cidade. Sendo assim, os fiéis participam das celebrações mais próximas de suas residências ou de sua preferência.
Dom Zanoni também explicou o significado do Domingo de Ramos, tradição que existe há séculos.
“É uma celebração bastante rica na igreja porque reúne várias tradições. Relembra a entrada solene de Jesus em Jerusalém e a Paixão, a expectativa de Israel de que Deus ia suscitar alguém para libertar o povo. Por isso que a aclamação Hosana não é apenas uma louvação, mas um pedido de seu povo: socorra-nos Senhor. Nesta expectativa Jesus é saudado como um descendente de Davi, como aquele que vem restaurar Israel. Eles queriam um grande rei, que fosse dominador, portanto não creram nele e o mataram. Jesus teve um julgamento injusto, um processo todo distorcido, e o levaram a Pilatos. Porém aquele que foi rejeitado se tornou causa de vida e salvação. Então, com essa celebração iniciamos a grande Semana Santa, que é um momento bastante significativo para nós com a participação, a colaboração, e a partilha: Dá-lhe vós mesmo de comer. A oferta neste dia não é para nenhuma das comunidades, mas para o serviço aos pobres, a preocupação com as pessoas”, informou.
O prefeito Colbert Martins, que participa da missa e procissão do Domingo de Ramos desde a infância, destacou que é preciso ter fé.
“E é na fé e na oração que a gente se mantém. Cada dia eu procuro aumentar mais a minha fé. Sou médico, perdi muitos amigos na pandemia, tem que ter medicamento, tem que ter UTI, mas se não tiver fé, nada disso funciona bem”, declarou.
Suely Gonçalves, 58 anos, também participa desde a infância. “A fé e a gratidão a Deus nos motiva nesta vocação de espiritualidade. O dia de hoje representa muita experiência de vida, de força, de gratidão, e o perdão dos nossos pecados. Hosana nas alturas porque Jesus está vivo e no meio de nós”, destacou.
Maria Antônia Nascimento tem 64 anos de idade e participa desde os 20 da procissão. Ela levou galhos de três tipos de plantas, que cultiva no quintal de sua residência: pitanga, sabugueiro e goiabeira.
“Participo todos os anos porque essa celebração significa que a gente deve confiar, ter fé e desejar coisas boas. A folha de pitanga é boa pra gripe, o sabugueiro faz um chá muito bom para sair o catarro e o chá da goiabeira é cicatrizante”, garantiu.
O aposentado Eurípedes Cerqueira, de 88 anos, frequenta a paróquia há 30 anos, desde que chegou a Feira de Santana, e disse que desde criança é católico praticamente, “Não tenho receio de dizer que sou muito religioso, graças a Deus. Sou de Tucano e saí de lá com 15 anos, morei 49 anos no Rio de Janeiro, e vim para Feira há 30, por causa de Nossa Senhora de Anguera, eu sou muito devoto a Jesus e Maria. Eu não perco nenhum domingo de Ramos, quando se é católico tem que ser praticamente. Tendo Jesus no coração você vence todos os obstáculos na vida”, afirmou.
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