Feira de Santana

Diagnosticada com fibromialgia, paciente sofre com dores por falta de receita médica

Segundo ela, a 'receita amarela' é disponibilizada pela Secretaria de Saúde.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Moradora do bairro Santa Mônica II em Feira de Santana, a dona de casa Maria José Souza Silva, 63 anos, procurou a reportagem do Acorda Cidade para relatar uma situação difícil, que está passando há cerca de dois meses.

Diagnosticada com fibromialgia, uma doença reumatológica que afeta a musculatura causando dor, Maria José não está conseguindo comprar o medicamento, devido a falta da “receita amarela” que é disponibilizada pela Secretaria Municipal de Saúde.

“É muito dolorosa esta doença, e eu dependo de uma receita na qual eu faço uso em crise do medicamento mytedom de 10mg e pode ser de 5mg também, e esta receita não chega nas mãos dos médicos, tanto do SUS, quanto clínicas particulares. Eu já apelei para Salvador, Salvador tem, mas eles querem um relatório médico. Eu não consigo nem sequer pentear o meu cabelo, é muita dor, o corpo só pede cama, eu tenho um desgastamento também no quadril, não posso fazer a atividade física, apenas hidroginástica, então os médicos precisam desse bloco amarelo e a secretaria de Saúde diz que não tem, diz que está confeccionado e não tem previsão para chegar. Pelo amor de Deus, a gente não aguenta nem colocar o pé no chão”, contou.

Ainda de acordo com a dona de casa, por conta das dores, as simples atividades são impossibilitadas de realizar.

“Eu não posso pegar em uma vassoura, não posso ficar por muito tempo em pé, para cozinhar por exemplo, eu preciso fazer as coisas, e sentar um pouco, é uma angústia terrível. A minha ansiedade aumenta cada vez mais e as dores só pioram, tento me controlar, mas é difícil. Essa semana, por exemplo, meu esposo teve que jogar o colchão aqui na sala, porque eu não estava conseguindo dormir com muitas dores, principalmente nas pernas. Eu fico me questionando, meu Deus, por que tanta dor assim? Me cura, dói da unha do pé até o fio do cabelo”, relatou.

O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e a seguinte nota foi enviada:

O medicamento Metadona não faz parte do elenco da Farmácia Básica da Secretaria Municipal de Saúde, sendo assim, não tem obrigatoriedade de ser distribuído pela assistência farmacêutica.

Referente ao receituário na cor amarela, o médico que faz o acompanhamento do paciente deve solicitar o documento na Vigilância Sanitária.

A Secretaria de Saúde não confecciona o talonário na cor amarela. O papel é produzido pelo Governo Federal com um material específico e distribuído para o Núcleo Regional de Saúde, do Governo do Estado. Portanto, o Município fica dependendo do repasse do Estado.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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