É realizada na manhã desta quarta-feira (1º) uma audiência de conciliação, no Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana, entre membros da Associação dos Camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras e o consórcio que administra o empreendimento.
De acordo com a Elizabeth Araújo, presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular Cidade das Compras, o empresário Elias Tergilene, que preside o Consórcio Portal do Sertão, está pedindo uma indenização na Justiça contra os permissionários, por danos morais.
“Segundo a notificação que nós recebemos, o Consórcio está pedindo uma indenização por danos morais. Ele acusa membros da Associação de terem feito protestos e ameaças ao administrativo, e acusa que os movimentos que foram feitos anteriormente em busca dos nossos direitos mancharam a imagem dele e por isso vem pedindo esta indenização por danos morais.”
Segundo ela, os camelôs saíram das ruas do centro da cidade com a ideia de que o shopping foi construído para eles trabalharem, mas desde o início da inauguração, em setembro de 2020, o grupo vem batendo na mesma tecla, de que o camelô não consegue manter o aluguel de quase R$ 600, por conta da falta de clientes.
“É um espaço que todo mundo conhece, mas infelizmente o público ainda não aceitou. Em cima disso, os camelôs se organizaram, formaram uma associação e foram questionar na prefeitura o seu direito de continuar trabalhando dentro do espaço. Estamos hoje pagando a taxa de condomínio, mas essa luta toda deixou essas marcas que foram esses processos que a concessionária colocou, não sei se para deixar a gente temeroso, mas não devemos nada, apenas nos reunimos para buscar os nossos direitos, principalmente junto à prefeitura, que é o órgão que concedeu o espaço para a gente e fez o nosso cadastro”, explicou.
Elizabeth Araújo disse ainda que atualmente os camelôs estão pagando o condomínio de cerca de R$ 144 por um box menor, e R$ 189 por um box maior, mas a luta continua por conta do baixo fluxo.
“Nem todo mundo consegue manter a taxa de condomínio, mas estamos nos esforçando, e o que a gente reforça como associação é manter pelo menos a taxa de condomínio que estamos pagando. A associação não tem esse dinheiro, nem mesmo o membro que está respondendo a ação. Somos pais e mães de família, quem for ao shopping vai conhecer a realidade. Essa é uma tremenda injustiça, a gente pede que a Justiça veja essa situação, veja o processo anterior, que tem relação com a Ação Civil Pública e essas ações, que foram uma maneira de nos retrair sobre os nossos direitos”, observou a presidente da Associação.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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