Iniciadas no segundo semestre de 2022, as obras de duplicação da BA-502, estrada que liga os municípios de Feira de Santana a São Gonçalo dos Campos, já estão avançadas.
O processo da duplicação já chegou até o Terminal de Transbordo Sul e agora, as obras seguem no sentido caixa d’água do bairro Tomba. Diante deste processo, os comerciantes que ali trabalham, já foram notificados pelo governo do estado, com o objetivo que haja um recuo dos estabelecimentos.
Um grupo de comerciantes procurou a reportagem do Acorda Cidade, para reclamar do prazo que foi dado para este processo, segundo eles, muito curto.
“No dia 9 de fevereiro nós fomos notificados, informando que teríamos que remover dentro de 15 dias, todo material que tem aqui na porta dos nossos estabelecimentos, como toldos, totens, entre outras coisas, porque segundo eles, a estrada que vem de São Gonçalo dos Campos vai passar por aqui também. Então para que não haja prejuízo para ninguém aqui, nós vamos nos reunir levando a proposta que uma outra alternativa seja dada, ou seja, os veículos possam seguir pela Avenida Probahia, a rua que fica ali de frente com a Belgo, passem pelo fundo do Terminal e saiam novamente na BA-502”, afirmou Moacir Oliveira, proprietário de uma loja.
Segundo ele, mais de dois metros serão perdidos com esta nova determinação.
“Eles querem tirar tudo, são mais de dois metros e os clientes irão ficar sem onde estacionar. Isso será um grande prejuízo porque nós investimos aqui, não sabíamos que algum dia, uma estrada pudesse passar por aqui”, contou.
João Walter também é comerciante da localidade. Ao Acorda Cidade, ele contou que foi pego de surpresa.
“Nós todos fomos pegos de surpresa, apesar que já estávamos observando a movimentação dessas obras de duplicação, porém de repente recebemos essa notificação dando um prazo curtíssimo de 15 dias, para que a gente faça toda a retirada da fachada. Analisando todo o processo, o acostamento da pista ficará praticamente dentro da loja, e além de perder este espaço para nós comerciantes, e para os clientes, corremos o risco de qualquer acidente também. Vamos ter uma reunião na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) com a presença do deputado federal Zé Neto, vamos levar todas as possibilidades, opiniões, para que eles possam se sensibilizar e nos ouvir também”, disse.
Vinícius dos Santos tem um comércio há 10 anos. Para ele, todos os estabelecimentos serão prejudicados.
“Eles colocaram uma data específica de prazo para que a gente retirasse todo material aqui da frente da loja. Com isso, a gente perde espaço, os clientes ficarão sem onde estacionar, e só a minha loja aqui, vai ficar com apenas 1 metro de frente com a construção dessa nova pista, sendo que estou aqui há 10 anos”, pontuou.
Gilmar Santos Mascarenhas também é comerciante. Ao Acorda Cidade, ele informou que tem toda documentação autorizada pela Prefeitura Municipal de Feira de Santana, mas agora, o governo do estado está alegando que foi invadido cerca de 30 metros do espaço.
“O pessoal chegou aqui na minha loja e disse que eu invadi 30 metros de frente. Porém eu já tenho aqui 13 anos trabalhando no mesmo local, e quando foi feita a construção, eu tive autorização do CREA, da prefeitura, está tudo legalizado, tenho todos os documentos, mas agora querem que eu tire todo material que tenho aqui na porta da minha loja. Eles estão vindo de um trecho que é mais largo, mas quando chega nesta região, a pista começa a ficar estreita. Acredito que eles devem acatar a sugestão que o nosso colega deu, que é dos veículos transitarem pelo mesmo local que os ônibus urbanos passam, que é na rua no fundo do Terminal”, afirmou.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e aguarda retorno.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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