Cerca de 400 camelôs que trabalham no Shopping Popular Cidade das Compras, em Feira de Santana, participaram de uma assembleia na tarde desta terça-feira (22).
Na pauta principal da assembleia estava o aumento do aluguel e o fim do subsídio da prefeitura. Eles trataram também sobre a taxa excedente de energia elétrica e a falta de movimento no empreendimento, que ainda é uma realidade, que vem impedindo os pequenos comerciantes de obter a renda necessária para se manterem no local, sem prejuízos.
Ao Acorda Cidade, a presidente da Associação de Camelôs do Shopping Popular, Elizabeth Araújo, informou que uma comissão vai se reunir com o secretário municipal de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Wilson Falcão, e levar um relatório da assembleia de hoje.
“O que definimos foram os apontamentos que tratam do subsídio que a prefeitura tem de compromisso com os camelôs. A gente pontua sempre sobre o movimento de clientes. Se a gente tivesse um local com movimento e todo prontinho para atrair os clientes, a gente não estaria aqui reclamando. São três anos aqui e a gente acredita no shopping. Amanhã eu e um representante de cada setor nos reuniremos com o secretário e levaremos o relatório”, disse.
Elizabeth avaliou o encontro como positivo e foi possível realizar um levantamento da situação dos trabalhadores do local.
“A assembleia foi positiva, o camelô compareceu. Os que não puderam vir, justificaram, então conseguimos fazer um levantamento, saber o que de fato o camelô está sentindo, e tenho certeza que o secretário vai receber o nosso relatório e vai ter um encaminhamento positivo para a nossa permanência”, ressaltou.
Com o baixo movimento fica muito difícil para os camelôs arcarem com os custos da permanência no empreendimento. Muitos deles não conseguem pagar nem a taxa de energia elétrica, por exemplo.
O reajuste do aluguel, na opinião deles, é injusto, diante da situação. O aluguel custa entre 200 e 400 reais, além da taxa de condomínio, de 180 reais.
“A gente briga para permanecer aqui, para garantir nosso local de trabalho. Estamos numa situação muito difícil, todo mundo sabe que infelizmente o shopping ainda não está gerando o fluxo, então com certeza o fim do subsídio vai ser o fim do camelô. A gente não tá mais brigando pelo shopping, a gente está pedindo um espaço com movimento para trabalhar ou no shopping, ou fora dele”, declarou uma trabalhadora do shopping.
Apesar da localização em uma área central e um grande espaço para estacionamento, em três anos de fundação, o Shopping Popular ainda não se tornou atraente para o consumidor. Além de amplo, o local possui também diversos boxes com produtos variados, entre confecções, calçados, acessórios, artigos para presentes e eletrônicos.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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