Feira de Santana

Após agressão a adolescente na Micareta, familiares realizam protesto em frente ao HGCA pedindo justiça

Segundo a avó de Murilo, o que aconteceu com o seu neto foi uma covardia, e tudo o que ela deseja é justiça; O jovem encontra-se em estado grave.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Nesta terça-feira (25), amigos e familiares de Murilo Silva Freitas, de 17 anos, protestaram em frente ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), para pedir justiça, após, segundo eles, o jovem ser agredido com golpes de cassetete na cabeça por um policial militar, durante a sexta-feira (21), na Micareta de Feira de Santana.

A avó de Murilo, Heloísa Helena, relatou ao Acorda Cidade que só pede justiça pela vida de seu neto, que se encontra em estado grave.

“Murilo se encontra na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com um quadro muito grave e tudo o que nós queremos é apenas justiça, porque o que fizeram com ele foi uma covardia. Murilo tem 17 anos e destruíram a vida do meu neto. Alguns familiares estão aqui, não todos, porque alguns precisaram trabalhar. O pai dele estava ontem aqui, hoje precisou trabalhar. Estamos juntos em oração pela vida de Murilo, peço colaboração de todos, precisamos nos unir”, pediu.

Heloísa Helena agradeceu ao Hospital Geral Clériston, que, segundo ela, está dando toda atenção para o quadro dele.

“Eu louvo a Deus, porque o hospital aqui está dando um atendimento excelente a ele, todos estão sendo muito atentos conosco e com ele também, eu agradeço pela vida de todos que estão nos ajudando aqui”, disse.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Entenda o caso

Murilo Freitas Silva mora com a avó desde os três meses. E no dia do ocorrido, o jovem tinha chegado de viagem.

“Ele estava viajando com um rapaz amigo da gente, que trabalha fazendo viagens. Ele chegou de viagem sexta-feira. Eu saí, fui para a igreja, quando voltei ele estava desfazendo a mochila, tomou banho. Aí fui para a farmácia comprar um remédio para a minha mãe e quando cheguei já o vi saindo, mas não sabia que ele estava indo para a Micareta. Aí só fui ver Murilo umas 23h e pouca, e quando eu o vi ele já estava com a cabeça enfaixada, já com os pontos que deram lá. Ele falou que a polícia tinha batido nele, que ele ficou zonzo e caiu”, relembrou.

A vó relatou também que Murilo estava com muita dor de cabeça e vomitando, mas não tinha dado muita importância porque o neto disse que quando bebia vomitava. No entanto, no sábado (22), o jovem começou a piorar.

“Ele já levantou tonto, agoniado, aí demos um banho nele, ele deitou, dei um remédio para dor de cabeça, ele tomou, dormiu, só não queria comer, então dei um suco. Depois mais ou menos umas 14h eu dei um dipirona, ele dormiu de novo, e quando acordou umas 20h e pouca já acordou vomitando, deu aquela crise de vômito, aí foi quando eu me desesperei”.

Cirurgia

Naquele momento, a avó o levou ao hospital.

“Ele tinha passado pelo médico lá e levado os pontos, mas eu tinha que levar ele no hospital. Eu peguei ele e trouxe para o hospital, mandei chamar a mãe, mas ela disse que na hora não podia. Eu vim sozinha com ele, e deu entrada. Quando fizeram a ressonância descobriram o tamanho do estrago que estava na cabeça do meu filho (neto). Após a ressonância, ele foi para a sala vermelha, e no dia seguinte, no domingo, ele foi para a sala de cirurgia, mas a cirurgia não podia ser concretizada, porque o estrago estava muito grande. Aí teve que parar a cirurgia, porque Murilo poderia morrer. Na segunda-feira, a médica me disse que estava aguardando o neurologista olhar outra ressonância e ver se faria outra cirurgia, porque a médica disse que tinha ficado ainda pedaços de ossos e coágulos de sangue ainda dentro, não deu para tirar todo. Uma cirurgia prevista para uma hora de relógio, levou quatro horas”, relatou Helena ao Acorda Cidade.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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