Apoiadores de Bolsonaro acampam pelo quarto dia consecutivo na porta do 35º BI em Feira de Santana

Desde a última terça-feira (1º), que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro acamparam em frente ao 35º Batalhão de Infantaria (35º BI) em Feira de Santana, por conta da insatisfação com o resultado das eleições, realizada no último domingo (30), quando elegeu como novo presidente, Luis Inácio Lula da Silva.

Na manhã desta sexta-feira (4), cerca de 12 apoiadores ainda estavam acampados com diversos mantimentos, fardos de água mineral e toldos.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o produtor Alex Coelho Lima explicou que os manifestantes desejam que as leis sejam cumpridas, além das investigações dos resultados que as urnas computaram.

“Nós somos brasileiros que buscam um país e que tenha suas leis cumpridas, e dentro do que a gente acompanhou no governo Bolsonaro, vimos atrocidades em nossa constituição, perseguição, desrespeito, então essa manifestação não é pró-Bolsonaro, é pró-direitos da nossa constituição que não está mais sendo respeitada. Vimos aí a censura nas rádios, como a Jovem Pan, inserções de campanhas que deveriam ter sido lançadas em várias rádios, mas o que observamos foi que prejudicaram o nosso lado”, contou.

Ainda segundo Alex Coelho, a saída do grupo da porta do 35º BI acontecerá quando o resultado das urnas estiver disponível.

“Nós somos um grupo indignado com o que aconteceu. Iremos ficar aqui pelo tempo que for preciso, por isso que temos lanche, bebidas, água, até que se tenha o resultado dessa investigação. Aqui temos cerca de 12 pessoas, então a gente sai agora, chega um novo grupo, depois chega outro e assim a gente vai revezando. No primeiro dia, nós atingimos cerca de três mil pessoas, no segundo, foram cinco mil, e a partir do momento que a gente tiver um país livre, acho que abdicar um turno, um dia do nosso trabalho será válido, para que a gente tenha um país com pessoas direitas, pessoas que possam produzir, até porque já estávamos vendo isso nos últimos dois anos”, afirmou o apoiador do presidente.