Feira de Santana

Entidades empresariais defendem abertura gradual do comércio de Feira de Santana

As entidades demonstram preocupação com as consequências advindas do Coronavírus e afirmam que a grande crise econômica já está instalada.

Acorda Cidade

As entidades empresariais de Feira de Santana enviaram uma nota nesta segunda-feira (30) informando que respeitam a decisão do prefeito Colbert Martins Filho de manter o comércio fechado e também elogiando o planejamento e a ação do Comitê Municipal de combate a Covid-19 e o trabalho dos profissionais de saúde. Mas também demonstrando preocupação com as consequências advindas do Coronavírus e afirmando que uma 'grande crise econômica' já está instalada.

As entidades defendem a abertura gradual do comércio de Feira de Santana, com medidas restritivas de horários, controle de quantidade de pessoas nas lojas e segurança redobrada na higienização dos espaços. Dizem que também são favoráveis ao retorno de 100% da frota de ônibus municipais para evitar aglomerações nos veículos e manutenção da suspensão das aulas, como medidas básicas de segurança da saúde da população, que sempre foi a primeira preocupação de todos.

A nota defende ainda que as empresas precisam de ajuda financeira para honrar seus compromissos, principalmente a folha de pagamento, para garantia dos empregos e sugere a criação de um Comitê de Acompanhamento da Crise, com reuniões diárias para avaliar a situação e promover ações e/ou mudanças rápidas caso necessário, com a participação da sociedade civil.

“A manutenção das atividades econômicas é de fundamental importância para a vida de todo cidadão feirense. Sem receita, as empresas e seus empregados não terão como fazer frente às suas despesas básicas. Isso será uma crise de proporções ainda maiores. Os países que a todo o momento são usados como referência para tomadas de decisão estão amparando sua população e suas empresas de forma vigorosa, proporcionando renda para todos, como forma de evitar o colapso da economia. Não estamos vendo no Brasil esta mesma atitude”, diz trecho da nota que continua afirmando que é preciso parar de disputar com o setor produtivo entre saúde ou economia.

“Sem a manutenção mínima da economia, não conseguiremos saúde, pois poderá haver desabastecimento de materiais básicos de prevenção à contaminação, como já estamos assistindo. Os empresários deste país trabalham, geram empregos e renda e não podem ser colocados como gananciosos por buscarem preservar os empregos e manutenção da vida das pessoas. Cumprindo nossa missão, alertamos a sociedade e governos sobre a grave depressão econômica que está se instalando no nosso município. Portanto, solicitamos atenção especial à economia, no que tange às medidas governamentais nas três esferas, municipal, estadual e federal, na obtenção de socorro, pois caso contrário toda a população de Feira de Santana sofrerá as terríveis consequências”.

A nota foi assinada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Feira de Santana (CDL), Associação Comercial de Feira de Santana (Acefs), Sindicato do Comércio de Feira de Santana (Sicomfs) e o Centro das Indústrias de Feira de Santana (Cifs).