Feira de Santana

Enfermeira internada por dengue relata medo e insegurança da doença

Como alguém que sentiu na pele a doença, a enfermeira alerta que não deixam para ir às unidades de saúde somente quando os sintomas pioram.

Aedes Aegypt
Foto: Raul Santana/Fiocruz/Divulgação

Apesar de manter os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, a enfermeira Sandrea Costa, que atua na Vigilância Epidemiológica (Viep) de Feira de Santana, não ficou imune à dengue e chegou até a ficar internada por conta da doença. No município, cerca de 4.700 casos da arbovirose já foram diagnosticados.

📲 NOTÍCIAS: siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp

Desse total, 710 apresentaram sinais de alarme, assim como o da enfermeira. A profissional relata que entre os sintomas iniciais, dor de cabeça e febre estiveram presentes.

“Tive uma dor de cabeça, pela manhã, muito forte. Usei analgésico e não passou. À tarde comecei a sentir uma febre alta. Com isso, desconfiei que poderia ser dengue. Continuei hidratando, fui até uma unidade de saúde onde receitaram alguns medicamentos para alívio dos sintomas”, explicou.

enfermeira dengue
Foto: Secom

A enfermeira descreve que no quinta dia a febre cessou e surgiram manchas vermelhas pelo corpo.

“Fiz um hemograma e descobri que minhas plaquetas estavam muito baixas e além disso, a minha gengiva sangrou, o que é um sinal de alarme. Fiquei muito preocupada e senti medo, porque é uma situação em que ficamos fragilizados. Procurei novamente a unidade de emergência, conversei com o médico, expus todos os sinais de alarme que tive e acabei internada por três dias”, comentou.

Sandrea frisou que recebeu a visita de um agente de endemias na residência, mas nenhum foco foi encontrado no local. “Os tanques e reservatórios de água são todos cobertos. Nós tomamos o cuidado de limpar a piscina semanalmente e aplicar o cloro. Na minha casa não fica água parada, não tem vasos de planta que acumulam. Sempre estamos vigilantes e ainda assim, minhas duas filhas também tiveram dengue. A mais velha chegou a manifestar sinais de alarme”, relata.

Como alguém que sentiu na pele a doença, a enfermeira alerta as pessoas que deixam para ir às unidades de saúde somente quando os sintomas pioram.

“É muito perigoso ficar se automedicando porque você acha que é uma simples enxaqueca e dor no corpo quando, na verdade, pode ser dengue. Diante do cenário que a gente tem, procurar um suporte especializado, se hidratar bem e não ficar tomando anti-inflamatórios por conta própria é essencial”, orienta a enfermeira Sandrea.

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram