Feira de Santana

Empresas de ônibus propõem reajuste de tarifa para permanecer na cidade e aumentar salário dos trabalhadores

Para o representante do sindicato, os empresários já vêm 'jogando a toalha' há muito tempo e destacou que o que falta em Feira de Santana é fiscalização.

Laiane Cruz

As empresas de ônibus Rosa e São João apresentaram à prefeitura de Feira de Santana uma proposta de aumento da tarifa do serviço de transporte, elevando dos atuais R$ 4,15 para R$ 6,90, segundo informações passadas ao Acorda Cidade.

Os empresários propuseram ainda um destrato do contrato feito com o município, conforme adiantaram na reunião de mediação feita, na última quinta-feira (26), com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com o vice-presidente do Sintrafs, José de Souza, que participou da reunião com os empresários, as empresas estão condicionando a permanência delas na cidade e a possibilidade de reajuste nos salários dos trabalhadores ao reajuste tarifário.

“Nessa mediação não avançou muita coisa, pois os empresários estão alegando que estão tendo esse desequilíbrio financeiro e não podem repassar esse aumento pra gente. A prefeitura ponderou as dificuldades que tem. O procurador pediu por escrito que todos mandem suas demandas e deu 15 dias para juntar essa documentação, para ver se marca ou não uma nova conciliação”, reafirmou José de Souza, na manhã desta segunda-feira (30), em entrevista ao Acorda Cidade.

Para ele, os empresários já vêm ‘jogando a toalha’ há muito tempo e destacou que o que falta em Feira de Santana é fiscalização.

“Consórcio público tem que ser tratado como tal e aqui em Feira de Santana está muito complicado. Está uma bagunça, todo mundo roda na cidade, todo mundo manda, e isso só está nos prejudicando. Em um ano e sete meses tínhamos 1.200 trabalhadores, hoje estamos com menos de 600. E ninguém faz nada para nos ajudar, isso é ruim para o Sistema de Transporte e para os usuários.

Sobre a possibilidade de rescisão do contrato, o vice-presidente do sindicato avaliou como lamentável.

“O secretário reconhece que as empresas estão com desequilíbrio financeiro, mas que estão procurando uma forma para fazer um aporte e ver se eles conseguem reviver mais alguns dias. Mas, as empresas foram bem claras, que dessa forma que está aí não têm condições de sobreviver. E se o governo não ajudar, infelizmente vai acontecer o que ocorreu em 2015”, declarou. 

 

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