Realizada pela última vez no ano de 2015, a Conferência Municipal de Educação não acontecerá neste ano em Feira de Santana. A informação é da presidente do Sindicato da APLB-Feira, Marlede Oliveira.
Ao Acorda Cidade, ela informou que a cada 10 anos, um debate é realizado com toda a sociedade civil organizada, além do próprio governo, com o propósito de montar um projeto de elaboração para os próximos anos.
Segundo Marlede Oliveira, nos dias 4 e 5 de dezembro, acontecerá a Conferência Estadual, onde os município têm a oportunidade de declararem como estão os processos educacionais em cada território.
“A cada dez anos nós discutimos em debate, com toda a sociedade civil organizada e com o próprio governo, um projeto de elaboração para a educação nos próximos anos. Então vai acontecer a Conferência Estadual de Educação na próxima semana, dia 4 e 5, no próximo ano já vai acontecer a Conferência Nacional, onde vai discutir os rumos da educação do Brasil. E para isso, é necessário ouvir as cidades, ouvir o estado, para que a gente tenha um esboço, tenha um planejamento, metas e encaminhamentos para a educação nos próximos 10 anos. Feira de Santana, a maior cidade do interior da Bahia, a professora Anaci simplesmente mandou aqui, perguntando quem da APLB iria para a Conferência Estadual. Nunca que Feira de Santana ficou sem realizar a Conferência Municipal. Inclusive, a última realizada foi em 2015, onde foram 10 dias de debate”, informou.
De acordo com Marlede Oliveira, na Conferência Municipal realizada em 2015, muitas metas foram aprovadas, mas o processo não foi adiante.
“O mais grave, é que nós aprovamos metas para a educação e nada se cumpriu em Feira de Santana, não se tirou nada do papel, inclusive o plano de carreira dos professores, valorização dos profissionais, isso nunca andou, o que é uma vergonha. A professora Anaci e o prefeito precisam explicar para a sociedade porque não realizaram a Conferência Municipal, os debates não podem ficar presos entre quatro paredes, deve ser construído com toda a sociedade. Que educação nós queremos para os filhos da classe trabalhadora? Essa é a nossa crítica, o nosso repúdio, Feira de Santana está um caos, não tem salário, não teve reajuste, falta mais de 400 professores na rede, tem criança que não está tendo aula de português, geografia, matemática, passou o ano todo sem professor e como é que no final do ano vai resolver essa questão?”, questionou.
A reportagem do Acorda Cidade solicitou um retorno da Secretaria Municipal de Educação, mas até o fechamento desta matéria, não houve resposta.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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