Dom Itamar Vian

Mãe, mestra, guia

A cada ano, o amor da comunidade à sua padroeira, se reacende com celebrações, cânticos e louvores, mantendo viva a tradição dos nossos avós.

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Foto: Freepik

No dia 26 de julho a Arquidiocese e o município de Feira de Santana celebram a festa de sua padroeira, a senhora Sant’Ana. A cada ano, o amor da comunidade à sua padroeira, se reacende com novena, celebrações litúrgicas, ladainhas, preces, cânticos e louvores, mantendo viva a tradição de nossos avós. O tema deste ano é: “Oração, encontro com Deus e com os irmãos” e o lema: “Permanecei em mim e eu permanecerei em vós” (Jo 15,4).

DE SANT’ANA bem pouco nos diz a história e a Sagrada Escritura. Porém, para compreendermos quem ela é, basta saber que Deus a escolheu para ser a mãe da Virgem Maria e avó de Jesus Cristo. É a mais santa e a maior de todas as mães, depois da mãe de Jesus. Sant’Ana ensinou à filha Maria ser mãe e aprendeu a ser avó de Jesus. Essa extraordinária mulher, é nossa padroeira. Ela é invocada como padroeira das mães, das mestras e guia dos viajantes.

MÃE. Não se pode fazer uma ideia mais elevada, mais nobre e ao mesmo tempo mais exata das virtudes de Sant’Ana do que dizer que ela foi o primeiro santuário, a primeira casa onde habitou a mãe de Jesus. Maria é fruto bendito do ventre de Sant’Ana. Eis uma gloriosa maternidade humana! Por isso, ela é invocada como padroeira das mães.

MESTRA. Visitando muitas igrejas podemos ver imagens diferentes de Sant’Ana. Uma das mais bonitas é a da santa com um livro na mão, ensinando as verdades divinas à menina Maria, que está em pé ao seu lado, com o rosto voltado para o rosto de sua mãe. Por isso, ela é invocada como padroeira das mestras, dos professores e dos catequistas.

GUIA. Uma confiável tradição, narra o fato de que sete pescadores, durante cinco dias e cinco noites, estavam perdidos em alto mar, numa barca de madeira. Desesperados, fizeram a promessa a Sant’Ana de construir uma igreja, a ela dedicada, se conseguissem salvar-se. Imediatamente, reencontram a rota e chegam ao porto de Palma, na ilha Majorca, sãos e salvos. Construíram a igreja e hoje é um grande santuário dedicado a Sant’Ana, onde se encontra a referida barca. Por isso, ela é invocada como padroeira e guia dos que viajam pelo ar, pela terra e pelo mar.

QUE SANT’ANA interceda junto a Deus pelas mães, mestras, catequistas, professores e todos viajantes. Por isso, rezemos: Mãe da mãe de Jesus, ó Sant’Ana, abençoai nossas famílias e dai-lhes a graça de crescer na fé, no perdão, na solidariedade e na oração. Livrai-nos de todos os males e guiai nossos passos para percorrermos os caminhos do Senhor. Ajudai-nos a viver unidos, porque somos todos irmãos. Amém!

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]

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