Vereador divide responsabilidades da falta de água entre Embasa e município

A cidade de Feira de Santana tem enfrentado um sério problema de falta de água, particularmente em suas áreas rurais. O vereador Silvio Dias, usou a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta quarta-feira (1º) para discutir essa questão e dividir a responsabilidade da escassez de água entre a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), empresa responsável pelo saneamento básico, e o próprio município.

“Feira de Santana, principalmente a zona rural, vem sofrendo com a falta de água e isso é fato, ninguém está aqui para esconder, ninguém se furta inclusive de não dá explicações. Por isso, nós estaremos votando no requerimento que pede informações da Embasa, porque eu acredito que é função da Embasa dar essas informações e vem dando. Semana passada o presidente da Embasa esteve aqui em Feira de Santana para dar explicações e dizer o que vem sendo feito,” destacou o vereador.

Silvio Dias também ressaltou que o crescimento desordenado da cidade contribui para o problema. “Nós temos inúmeros loteamentos que são comercializados à luz do dia, com a Prefeitura passando na porta e não procura saber se aquele loteamento tem documentação, se é um loteamento regular ou não. Esses loteamentos impactam no abastecimento de água, impactam no fornecimento e na pressão dessa água que chega nos lugares. Então há, sim, uma responsabilidade do município, porque Feira de Santana precisa fiscalizar, precisa agir fiscalizando esses loteamentos irregulares,” argumentou.

O vereador também reconheceu os esforços da Embasa para melhorar o abastecimento de água na cidade. Ele enfatizou que a empresa investiu mais de 400 milhões de reais na região, criando reservatórios como o Campo Limpo, Santa Mônica e Tomba. Além disso, está previsto um investimento do governo do estado para duplicar a captação de água através de uma adutora que vem de Pedra do Cavalo, o que trará benefícios a longo prazo.

“Então são investimentos que são para longo prazo. Nós vivemos aqui nos últimos anos um número imenso de residências do Minha Casa Minha Vida, investimentos do governo federal, 52 mil casas foram trazidas para Feira de Santana e é óbvio que isso precisava ter também o investimento, mas é um investimento que não é a curto prazo, não é de imediato e essas casas, é óbvio que trazem junto um comércio que não era a expectativa porque se a prefeitura fizesse o que deve, cumprisse o plano diretor, fizesse valer o plano de ocupação do solo, nós teríamos os comércios melhor agrupados e isso impacta. Se você leva uma unidade do Minha Casa Minha Vida para lá e chega todo um comércio, um comércio irregular, um comércio desorganizado, é óbvio que isso impacta também na questão do consumo de água,” explicou Silvio Dias.