O atraso no pagamento do cachê dos artistas locais, uma “tradição” da Prefeitura de Feira de Santana, ao final de cada Micareta, preocupa o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), na edição 2023 da festa, que começa amanhã. Em pronunciamento hoje na Câmara, ele disse esperar que, dessa vez, “a gente não veja os músicos feirenses penando para receber seus devidos valores pelas apresentações”, problema que não ocorre com as consideradas “grandes atrações” contratadas para o evento. Ao prefeito Colbert Martins Filho, aconselha “aproveitar esse tempo da Micareta para colocar a mão na consciência e ver a real situação da cidade”.
Os veículos de comunicação, segundo ele, observam, quando publicam propaganda da Micareta, a reação da população “sobre a situação da saúde, das ruas da cidade, da educação, perante a realização da festa”. “Não pensem que a Micareta vai produzir um quadro de amnésia na população e que esses problemas vão ser esquecidos”, adverte. Apesar desses problemas, Jhonatas considera a Micareta um “momento privilegiado de expressões da cultura da cidade, que dispõe de uma diversidade e uma riqueza muito grandes”. O parlamentar também disse que a festa envolve uma cadeia de trabalhadores e trabalhadoras e, por isso, necessita de apoio público.
O vereador Paulão do Caldeirão (PSC) diz reconhecer que a saúde no Município “enfrenta problemas e precisa de melhorias”, mas a Micareta é uma festa tradicional, assim como o Carnaval de Salvador, e “não pode deixar de ser realizada”.
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