Em cumprimento a determinação da justiça, através do pedido de recondução a Procuradoria Geral do Município (PGM) sob pena de multa de R$ 3 mil, a Câmara Municipal de Feira de Santana, novamente rejeitou a permanência do advogado Carlos Alberto Moura Pinho como procurador-geral do município.
A votação terminou em 11 votos contra e 8 a favor. O vereador Correia Zezito, foi o único que não votou por não comparecer à sessão nesta terça-feira (14). Agora resta ao município indicar um novo nome em 48 horas.
Ao Acorda Cidade, o vereador Jurandy Carvalho (PL), que faz parte da bancada governista, informou que a derrota do poder executivo foi oriunda da falta de articulação política na Casa da Cidadania.
“Aconteceu o que era esperado. O governo não se articulou, a verdade é essa, não estou aqui para passar pano e novamente em menos de uma semana, o governo foi derrotado duas vezes na Câmara por falta de articulação, por falta de uma pessoa que converse, que dialogue. A política é feita com diálogo, sabedoria e paciência e isso, está faltando por parte do governo. Espero que o prefeito Colbert Martins escale pessoas para dialogar e ele tem camisas 10, já até comentei aqui na Casa, que ele dê autonomia para conversar com a Casa e com certeza, teremos uma bancada forte para não tomar bola nas costas. Se manteve os nove da bancada, não ganharíamos. A Câmara é um colegiado de 21 vereadores e é preciso ter diálogo”, contou.
Já o vereador da bancada de oposição, Jhonatas Monteiro (Psol) explicou os motivos da reprovação da Câmara à recondução do Procurador do Município.
“Do ponto de vista da lei, o prefeito tem o direito de encaminhar um nome para a Câmara e ela faz a avaliação e decide. O prefeito enviou a recondução do Carlos Alberto Moura Pinho e pela avaliação da Casa, era impossível a recondução dele ao cargo porque ele não cumpre os requisitos para estar nesse papel. Uma das coisas que é exigida para o cargo, é a conduta ilibada, precisa ter uma atuação que é pautada pela moralidade e a conduta não corresponde a isso, vimos o procurador agir partidariamente, inclusive com ataques pessoais a lideranças sindicais do movimento popular, a vereadores. Diferente do papel que seria apresentar as razões da prefeitura quando ingressam a uma ação ou posicionamento jurídico em determinada questão, víamos ele vestir a camisa do prefeito”, concluiu. (Por Maylla Nunes com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade)
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