Feira de Santana

Falta de integração entre atenção primária e especializada de Feira de Santana é maior desafio enfrentado pela Sesab, diz Secretária de Saúde

De acordo com a gestora, muitos paciente poderiam ser atendidos em unidades básicas, não sobrecarregando hospitais de alta complexidade.

Roberta Santana
Roberta Santana | Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

A secretária da Saúde do estado da Bahia, Roberta Santana, participou do Programa Acorda Cidade, pela Rádio Sociedade News 102.1 FM, na manhã desta sexta-feira (28), para anunciar os investimentos na área da saúde, aplicados no município de Feira de Santana.

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Na oportunidade, a gestora foi questionada sobre os maiores desafios que a pasta enfrenta com o município. Segundo ela, existe um grande impasse entre a integração da atenção primária com a especializada.

“Feira de Santana possui uma população com mais de 600 mil habitantes e, o maior desafio, é garantir a integração da atenção primária com a atenção especializada. Hoje a gente tem muitas dificuldades para que este conjunto aconteça, porque é a grande fortaleza do SUS”, pontuou.

Ainda de acordo com a secretária, muitos pacientes do Hospital Estadual da Criança (HEC), passam até 18h para serem atendidos e, muitos dos casos, são crianças que poderiam ser atendidas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

Segundo Roberta, o município tem ponto positivo quando fez o anúncio das obras de um Hospital, mas questionou como pode acontecer esta logística dentro da unidade hospitalar.

“Eu acompanho recentemente as questões de Feira Santana, vi que por exemplo, Feira de Santana lançou um hospital, a licitação de um hospital, isso é positivo, não tenho do que discutir, mas quando a gente parte para analisar o perfil do hospital, é um hospital de cirurgia eletiva com 12 leitos, seis salas cirúrgicas, que inclusive ficam me perguntando como é que vai ter um giro de leito do hospital. A gente que trabalha com isso sabe que há uma dificuldade de funcionar, mas é bom ter uma estratégia e não estou aqui diminuindo, mas apenas registrando isso. O que é que seria ideal para um hospital em Feira de Santana? Você pega o município como Itabuna, tem 1/3 da população de Feira de Santana, tem um hospital municipal, eles recebem do governo federal 140 milhões e operam o hospital municipal deles, que ajuda bastante a gente, como leitos de retaguarda, paciente para tomar um antibiótico, a gente tem um hospital do estado na região e faz toda alta complexidade, mas tem o município e recebe os pacientes, consegue dar uma assistência de qualidade, já o município de Feira de Santana recebe do governo federal em torno de 115 milhões aproximadamente e, não tem um hospital com esta consistência”, declarou.

O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins da Silva, também fez uma participação durante o Programa Acorda Cidade e fez um contraponto do comentário da secretária. Segundo ele, o município tem capacidade para tomar decisões e atender a população de Feira de Santana envolvendo as parcerias.

“A secretária tem razão, a municipalização é plena e Feira de Santana portanto, as decisões são tomadas por nós, e esta é uma situação da qual a gente não abre mão, o que nós precisamos ter cada vez mais, é a colaboração de quem queira participar deste processo, portanto a decisão de saúde é tomada pelo município de Feira de Santana e, nós sabemos tomar, é importante secretária também que nós tenhamos e temos todas as possibilidades de fazer todas as parcerias possíveis e, nós sabemos como conduzir estas parcerias. Nós vimos isso na covid, nós temos competência, nós fizemos um hospital com uma quantidade de leitos suficientes e, Feira de Santana apesar de posições contrárias do governo na época, no governo Rui Costa, nós tivemos a menor quantidade de morte por 100 mil habitantes”, declarou.

Ouça a entrevista na íntegra com a secretária estadual de Saúde, Roberta Santana:

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