Dilton e Feito

Defesa de Zambelli diz ao STF que deputada sacou arma para homem por não entender que tiro foi dado pelo próprio assessor

Deputada que pediu afastamento do mandato por motivos de saúde elencou testemunhas e disse ter sido alvo de cusparada.

Deputada Carla Zambelli
Foto: Reprodução/Twitter

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) apresentou sua tese de defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação que apura se ela cometeu crime ao empunhar uma arma e perseguir ao lado de assessores um homem negro, militante de esquerda, pelas ruas dos Jardins, área nobre de São Paulo de São Paulo, às vésperas da eleição.

O blog conversou com o advogado da deputada, Daniel Bialski, que resumiu a tese levada ao relator do caso, o ministro Gilmar Mendes. Segundo ele, a deputada agiu por ter cometido uma espécie de erro de avaliação. “A Carla saca a arma porque entende que alguém havia atirado. Ela não viu que o autor era o seu assessor”, sustentou a defesa.

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Ainda segundo o advogado, a deputada afirmou ao STF que foi provocada pela vítima da perseguição com gestos obcenos e uma cusparada. Sobre o tiro disparado contra a vítima, que é jornalista, por um dos auxiliares de Zambelli, Bialski afirma que ele foi acidental.

A perseguição ao jornalista negro ganhou forte repercussão. Ela ocorreu à luz do dia, nos Jardins, em São Paulo, um dia antes da eleição. As imagens que circularam na mídia mostram a seguinte dinâmica: o jornalista discute com a deputada e seus aliados, e se afasta. Ele é seguido pelo grupo de Zambelli. A deputada cai sozinha e começa a perseguir, correndo, o homem.

Ainda durante a perseguição, o assessor de Zambelli saca a arma e aponta para o jornalista. A deputada aparece logo atrás. O disparo acontece. Ninguém é ferido. O jornalista é agredido com chutes pelos apoiadores da deputada.

O homem tenta se abrigar num restaurante, mas é seguido pela deputada, já de arma em punho. Ela dá ordem para que ele se ajoelhe. “Zambelli é alvo de ameaça de mortes. Vive com medo. Ela entendeu que ele havia cometido crime.Tanto que chamou a polícia.”

Fonte: G1

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