Concurso da PM

Concurso da Polícia Militar: confira os diferenciais ao fazer um curso preparatório

O concurso será realizado no dia 22 de janeiro.

candidatos realizando prova
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A realização das provas objetivas e discursivas para o concurso da Polícia Militar da Bahia está se aproximando. O certame está agendado para acontecer no dia 22 de janeiro e muitos concurseiros estão investindo na preparação por meio de cursos preparatórios específicos.

O professor e policial, Jorge da Fonseca Alves, coordenador do curso Aprovado, relatou ao Acorda Cidade que há mais de 27 anos atua ensinando alunos em concursos.

“O meu curso é específico para concurso. Eu nunca entrei no ramo de pré-vestibular, porque o meu foco sempre foi no concurso público”, contou.

Concursos no campo da Segurança Pública recebem um foco maior, comentou Fonseca sobre o curso que coordena.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Damos um foco maior para concursos da PM, da Polícia Civil, da GCM. Mas também temos vários alunos que passaram no Banco do Brasil, Caixa Econômica, inclusive o meu irmão passou como o primeiro colocado da Caixa no Brasil todo”, revelou o professor.

Hoje Fonseca atende cerca de 300 alunos.

“Nesses 27 anos, mais de 8 mil policiais, que foram meus alunos, passaram em concursos”, estimou.

A maioria dos candidatos para o concurso, segundo Jorge, são jovens e trabalhadores do comércio.

“Muitos que trabalharam no comércio hoje são policiais, eu sinto orgulho de saber. Recentemente, encontrei uma ex-aluna minha em Morro de São Paulo que me disse que era praticamente escrava do comércio e ela me agradeceu por hoje está em Morro sendo GCM”, relembrou.

Rotina intensiva

Três horas de estudo por dia é o suficiente para fazer uma excelente prova, destacou o professor.

“A rotina é todo dia aula. O aluno que estuda pela manhã ele geralmente sai de manhã cedo e vem estudar. Nós temos aulas de segunda a sexta, são três horas de aula por dia”, descreveu.

Assuntos abordados no curso para PM

O policial Jorge ressaltou que 12 disciplinas são trabalhadas com os alunos:

  • Direito Penal
  • Direito Administrativo
  • Direito Constitucional
  • Direitos Humanos
  • Informática
  • Português
  • Matemática
  • Geografia
  • História
  • Atualidades
  • Igualdade Racial e Gênero
  • História e Geografia da Bahia

Muitas disciplinas do concurso da Polícia Militar servem para quem vai realizar o concurso da Polícia Civil.

“As disciplinas são comparadas, mas tem outras que não têm na Civil, mas têm na PM. Processo Penal tem na Civil, mas já não tem na PM”, exemplificou.

Suporte na realização das provas

Fonseca revelou que o seu curso preparatório possui um diferencial de levar os alunos para realizarem a prova.

“Neste final de semana estaremos em Salvador com o pessoal que vai fazer a prova para Oficial da PM. Antes da prova de Soldado terá a de Oficial. Então vamos levar os alunos para lá, e vamos ter transporte no domingo. O nosso curso possui esse diferencial, por exemplo, se tiver um concurso em Pernambuco o nosso curso leva”, assegurou.

Cada estado coloca a geografia local para diferenciar, sendo uma particularidade da prova, apontou Jorge. “Existe uma história da região e que faz a diferença para o aprendizado do candidato, porém a prova é para o Brasil todo”, lembrou.

Hoje o Concurso Público é muito procurado e possui um diferencial, destacou o professor.

“O Concurso Público tem aquele diferencial da estabilidade, do salário, do plano de saúde. Você sabe que pode fazer compromissos e que terá como cumpri-los, então antigamente uma pessoa que fizesse um curso na Uefs não ia fazer Concurso Público, hoje temos vários médicos policiais que trabalham no presídio, por exemplo. Recentemente em Luciano Huck teve um médico que foi participar do programa e ele é Oficial. Mas têm também pessoas que entram como soldado para ter a estabilidade, concluir a faculdade e depois galgar uma carreira melhor”, explicou.

O curso para quem deseja realizar o Concurso da PM é como um alicerce, destacou Jorge.

“Hoje a pessoa pode estudar em casa, mas quando o aluno está em sala de aula, o professor tira as dúvidas e muita vezes isso não é possível em um EAD. Aqui, em sala, nossos professores tiram dúvidas que não estão no livro de História, então esse é o diferencial do curso preparatório”, concluiu.

Caio Ícaro Marques, 27 anos, é aluno do curso Aprovado e também faz parte da coordenação da instituição.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Já participei algumas vezes do concurso da PM não só na Bahia, mas também em outros estados”, disse.

O aluno Ícaro relatou que a estabilidade profissional é um dos atrativos que fez com que ele começasse a investir em concursos.

“Trabalhando no comércio você pode ser posto para fora a qualquer momento, o pagamento não é digno. E hoje tendo um emprego público a gente consegue ter estabilidade, trabalha menos, você consegue até ter outras ocupações”, observou.

Caio disse ao Acorda Cidade que quando surgem dificuldades nas matérias, o concurseiro precisa buscar sanar essa dificuldade.

“O concurseiro tem que reconhecer a sua dificuldade primeiro e trabalhar em cima dela”, abordou.

Segundo ele, está confiante nos resultados.

“O último concurso que eu fiz já fui aprovado e estou com expectativa neste da PM também, porque estou estudando há um tempo. E em fé em Deus a aprovação vem também”, contou.

O coordenador do curso preparatório Projeto Quadrivium e policial miliar, Danilo Ribeiro Moura, informou que o curso possui 8 anos em Feira de Santana.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Temos aproximadamente 1.200 alunos, porque são três turnos e na maioria deles temos a casa cheia”, contou.

A maior parte dos candidatos são jovens, homens e trabalhadores do comércio. “São pessoas de 18 a 30 anos, porque o concurso limita a entrada além dos 30. Cerca de 60% a 70% são homens e a maioria dispõe apenas do turno da noite e precisa estar trabalhando para financiar os estudos”, informou Danilo Ribeiro.

Diferenciais do curso

Quem é aluno do Quadrivium tem direito a três horas de aula.

“A turma da noite é das 19h às 22h, mas temos aulas das 22h à 0h, nós temos o Corujão que às vezes começa às 22h e termina às 6h. A gente tem aula de manhã até às 11h e às vezes ficamos até 12h. Temos aula final de semana, sábado e domingo. A gente não para em feriado. Trabalhamos no ritmo diferente”, explicou.

Foto: Arquivo Pessoal

Conforme Danilo Moura, os cursos preparatórios se diferem dos cursos pré-vestibulares que preparam o aluno para o Enem.

“Antigamente preparava-se o aluno para o vestibular, quando a Uefs tinha uma forma diferente de trabalho. Hoje, nós trabalhamos especificamente e exclusivamente para a carreira policial”, diferenciou.

Danilo relatou que os assuntos abordados no curso não podem fugir dos temas que constam no edital.

“O edital é a lei do concurso. Se tá escrito no edital o tópico que precisamos estudar, a gente não perde muito tempo variando em outra coisa. Claro que dependendo da matéria que precise trazer um conceito de outro assunto, para que haja a compreensão do primeiro, a gente vai lá passeia rapidinho no assunto, mas volta. O nosso foco é a objetividade para a prova”, esclareceu.

Algumas pessoas passaram a perceber a necessidade da estabilidade e do conforto, principalmente após a pandemia.

“O concurso traz a ideia de que você sempre terá o seu salário no padrão certo. A polícia militar faz isso com uma perfeição sem igual. Hoje sou policial, tenho 11 anos de serviço, e nunca atrasou um segundo sequer, nunca tive problema algum com o salário e nem problema algum com nenhum direito meu. Todos os meus direitos foram preservados. Então, a gente percebe, às vezes, no setor privado alguns abusos em relação aos direitos, não todas, porque as empresas que se respeitam elas cuidam do direito dos seus colaboradores. Mas ter a certeza disso dentro do ambiente governamental é maior, por isso, a estabilidade de um trabalho confortável faz com que as pessoas escolham servir a sociedade. E muitas possuem o desejo de ser policial”, distinguiu.

Danilo abordou que um dos diferenciais do curso preparatório presencial é o zelo de cuidar sobre os assuntos que mais caem na prova de forma objetiva. “Temos 14 disciplinas dentro do edital, então você tem 14 professores que estudam a sua prova na sua matéria. O professor de matemática vai te entregar no limite o que você precisa para a prova”, explanou.

candidatos realizando prova
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Idade

O coordenador contou que cada ente federado possui a sua autonomia e escolhe as regras do seu Curso de Formação.

“Na Bahia a idade é até 30 anos, em Sergipe é até 35 anos. Tem uma lei que está tramitando com o intuito de unificar a possibilidade de ser 35 anos todo o Brasil, além da possibilidade de todos os cursos do Brasil serem de Nível Superior para a carreira Policial, então se passar terá essa unificação. Mas geralmente como cada ente federado possui a sua autonomia, a Bahia escolhe como tratar o seu Curso”, expôs.

Danilo convidou todas as pessoas que desejam ingressar na carreira pública e mudar de vida a conhecerem o curso que coordena.

“Faço um convite para as pessoas virem conhecer as nossas instalações e rotina. Nós trabalhamos com mudança de vida, com profissionalização. A ideia é você conhecer a pessoa, trabalhar com as deficiências dela, melhorar as deficiências, adaptá-las ao serviço público e transformar a vida de pessoas. Nós temos mais de 300 aprovados nos últimos certames para cá. No último certame tivemos do primeiro ao quinto lugar das mulheres. Como é regionalizado, cada região você tem as classificações, então em várias regiões tivemos os cinco primeiros lugares. Nesse último tivemos 174 aprovados. Nosso trabalho é sério e direcionado para quem quer mudar de vida”, frisou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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