Candidatas do Processo Seletivo Simplificado para professor na rede municipal de ensino via Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), de Feira de Santana, relataram ao Acorda Cidade que a prova do concurso, realizada no último domingo (24), deveria ser anulada por apresentar novos erros no certame.
Os participantes já haviam solicitado o cancelamento da avaliação que ocorreria, conforme a primeira publicação do edital, no dia 17, e por isso foi reaplicada na semana seguinte.
Segundo as professoras que estiveram na Câmara de Feira de Santana na manhã desta quinta-feira (28) para buscar apoio, na primeira vez houve conteúdos fora do edital e pela segunda vez, as questões foram mal elaboradas. “A prova trouxe questões copiadas e coladas de outro certame, questões com o gabarito errado, questões de artigos aleatórias da internet, mais uma vez a gente está frustrado com essa banca”, afirmou.
Outra professora também reforçou que houve diversas irregularidades em um processo seletivo que foi aplicado em um curto período. “ A primeira prova foi anulada por não contemplar o edital, havia questões de portugues e matemática quando seriam somente de conhecimentos pedagógicos, isso no dia 17 de setembro, agora dia 24 de setembro que realizamos novamente mais de 3.000 inscritos e apenos 21 foram classificados, então estamos entrando com a petição para anulação dessa prova por conta da banca que realizou o exame”, declarou a candidata ao Acorda Cidade.
Outra participante confirmou que mais erros continuam acontecendo após a prova e por isso estão tentando entrar com o pleito. “Estamos lutando pelos nossos direitos, tendo em vista de que essa banca cometeu inúmeras falhas e nós não podemos nos calar diante desses equívocos que aconteceram ao longo do processo e que ainda estão acontecendo, por exemplo, esse último agora tentamos recurso para pedir o espelho, mas não tem como porque já passou do período de solicitação”, avaliou.
Ainda segundo essa participante, na segunda-feira (2), às 21 pessoas aprovadas serão homologadas.
Adriana Oliveira é pedagoga. Ela entrou em contato com a empresa que realizou a aplicação da prova, mas ainda não teve retorno.
“A prova deveria ser cancelada e a banca examinadora deveria ser outra, não a MS Concurso. Teve algumas questões que ainda não estão atualizadas, entramos em contato com a banca para que essas questões fossem anuladas e eles não anularam”, disse em entrevista ao Acorda Cidade.
De acordo com a Secretária de Educação mais de 3.200 pessoas concorreram a 80 vagas para professor que atuarão por tempo indeterminado em turmas de Educação Infantil e nos anos iniciais. Segundo a pedagoga, os candidatos eram de diversas regiões do estado e tiveram que desembolsar valores para custear alimentação e passagens para participar do processo seletivo.
“A gente tá tentando fazer da melhor maneira possível, porque muita gente foi prejudicada. Teve pessoas que gastaram tudo que tinha e o que não tinha para fazer a prova, gente de todo o estado da Bahia, então para que ninguém saia perdendo, porque é um investimento grande, isso mexe com o emocional das pessoas. Se até um determinado momento a prefeitura não entrar em acordo, vamos acionar o Ministério Público”, declarou.
Além disso, a professora contou que as escolas do município de Feira de Santana, estão precarizadas, faltam professores, auxiliares, pedagogos, mesmo assim o processo aberto teve poucas vagas e houve problemas com a aplicação das provas e a falta de atualização pela banca.
Para acessar o resultado parcial clique aqui.
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Com informações dos repórteres Ney Silva e Paulo José do Acorda Cidade
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