12 de Março

Dia do Bibliotecário, o profissional que faz mais do que guardar livros

A paixão pela leitura e o gosto pela informação são requisitos básicos para quem deseja se tornar um bibliotecário

Clemilda de Jesus - Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs
Clemilda de Jesus - Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs | Foto: Jefferson Araújo/Acorda Cidade

Nesta terça-feira, 12 de março, é comemorado o Dia do Bibliotecário, uma data muitas vezes desconhecida para parte da população, mas que destaca a relevância do profissional que desempenha um papel fundamental no meio acadêmico. Entre as atividades mais comuns desenvolvidas estão catalogar livros e organizar o acervo que está sob responsabilidade dele. 

A bibliotecária Clemilda de Jesus, de 40 anos, é diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas (Sisbi) da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Em entrevista ao portal Acorda Cidade, a diretora comentou que o trabalho vai além das prateleiras. 

Clemilda de Jesus - Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs
Clemilda de Jesus – Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs | Foto: Jefferson Araújo/Acorda Cidade

“O bibliotecário é muito mais do que um guardador de livros. É mais comum o livro ser o objeto de trabalho porque é o mais vendido, é socialmente mais divulgado, mas nós somos importantes para gerir a informação, independente do meio em que ela esteja, seja em mapas, em cds, na internet ou nos livros”.

Para se tornar um profissional da área é necessário ter formação em biblioteconomia. Curso de nível superior que, segundo o Ministério da Educação (MEC), tem carga horária mínima de 2.400 horas que devem ser cursadas em um período de 4 anos.  Segundo a diretora, a paixão pela leitura e o gosto pela informação são requisitos básicos para quem deseja se tornar um bibliotecário.

“A minha trajetória com os livros começou lá na infância, os meus pais sempre me incentivaram. Eles diziam que o estudo e a leitura iriam fazer diferença na nossa vida, apesar de termos recursos limitados. A minha mãe sempre pega livros usados que ela encontrava ou as pessoas doavam e me dava. Este universo do livro já estava inserido em nossa casa, começou assim a minha paixão pela leitura”, disse Clemilda.

Clemilda de Jesus - Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs
Clemilda de Jesus – Diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da Uefs | Foto: Jefferson Araújo/Acorda Cidade

A desvalorização é, segundo a diretora do sistema de bibliotecas da Uefs, um dos maiores desafios da carreira. Ela destacou durante a entrevista ao Acorda Cidade, que a categoria luta constantemente para ser reconhecida como peça fundamental para o bom funcionamento de bibliotecas, especialmente no combate às fake news.

“Espero que a gente possa trabalhar para que as pessoas nos reconheçam como um profissional necessário nestes espaços, necessário para a comunidade e na produção do conhecimento. Reconhecer que, mais do que ter livros na estante ou acessar a internet, o bibliotecário é aquele que vai gerir a informação e permitir que você possa ter acesso a ela de forma segura e onde quer que ela esteja”, finalizou Clemilda de Jesus.

Reportagem produzida pelo estagiário de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Andrea Trindade

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram

Inscrever-se
Notificar de
guest
6 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Carlos Alberto Carvalho da Silva

Aproveitando o dia do bibliotecário, façamos um comentário a respeito da Biblioteca Municipal de Feira de Santana, que permanece fechada há anos.
O ‘Acorda Cidade’ poderia levantar esse questionamento junto à sociedade!
Obrigado!

Luis Ricardo Andrade da Silva

Parabéns pela belíssima matéria. Cabe ao governo do estado e prefeitos abrirem concursos públicos para que assim os Bibliotecários e Bibliotecárias possam ocupar os seus espaços de atuação, principalmente o das bibliotecas escolares que em sua maioria não Bibliotecários.

Andréia Fernandes

Parabéns, colega! Muito bom ver que ainda temos voz ativa em meio ao desconhecimento da população. O ser Bibliotecário merece todo respeito e admiração pelo trabalho “quase” invisível, mas tão fundamental quanto a sala de aula. Que hajam mais BIBLIOTECAS com BIBLIOTECÁRIOS nas escolas, faculdades e universidades, editoras, e onde mais tiver informação! Que todos os educadores possam andar de mãos dadas pelo progresso da educação, que clama atenção. Vamos reagir à inadequada “política do pão e circo” e incentivar a leitura, o letramento, a moral e os bons costumes… Isso formará jovens cidadãos conscientes, mais inteligentes e mais capacitados para disfrutar de boas oportunidades de estudo e emprego. Precisamos que a Lei 12.244/2010 seja cumprida e fiscalizada. E que o seu descumprimento seja denunciado! Por que não é comum alunos do fundamental I da rede pública aprenderem inglês como os alunos da rede privada? Para que serve a Constituição e a BNCC? Vivemos numa era digital, cujos termos utilizados não são em português e onde prega-se a igualdade de direitos e, neste caso, direito à educação. A conta não fecha!!!

Niran

A prefeitura tem dinheiro para micareta mas não tem dinheiro para construir biblioteca

Elzanete

Parabéns a todos os bibliotecários! Em especial a Clemilda que vem fazendo um lindo trabalho na SISBI-UEFS

Ana

Aproveita e vamos questionar a prefeitura cadê a biblioteca que tá em reforma mais de 1 ano.