Bahia

Polo Industrial de Camaçari completa 46 anos tendo a engenharia como protagonista

Área de atuação é uma das mais requisitadas do complexo, que conta com atuação ativa do Crea-BA desde a sua fundação.

28/06/2024 às 19h45, Por Acorda Cidade

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polo industrial de Camaçari
Foto: Divulgação/Cofic | Reprodução g1

Há 46 anos, o estado da Bahia se tornava o berço do maior complexo industrial integrado do hemisfério Sul. O Polo Industrial de Camaçari, um projeto ambicioso e que até hoje é responsável por grande parte da produção industrial baiana, celebra no dia 29 de junho mais um ano de fundação.

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O Polo Industrial de Camaçari é o primeiro complexo petroquímico planejado do País, localizado no município de Camaçari, a 50 quilômetros da capital do estado, Salvador. Sua estrutura comporta mais de 90 empresas dos mais variados segmentos, como de pneus, celulose solúvel, metalurgia do cobre, têxtil, fertilizantes, energia eólica, fármacos, bebidas e de serviços, além das indústrias química e petroquímica.

O complexo apresenta uma série de benefícios, em especial a algumas áreas de atuação. “O polo petroquímico de Camaçari é um componente essencial para o desenvolvimento e para a prática da engenharia no Brasil, oferecendo um ambiente robusto para inovação, formação profissional, desenvolvimento econômico e avanços tecnológicos”, comenta Vilson Coutinho, engenheiro mecânico e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA/CEEMM-BA).

O Polo de Camaçari em números

A estrutura conta com um investimento global de 16 bilhões de dólares, rendendo um faturamento anual de 15 bilhões de dólares. O complexo é responsável por 15% das exportações da Bahia e contribui com 22% do PIB da indústria de transformação do estado, possuindo uma capacidade produtiva superior a 12 milhões de toneladas por ano em produtos químicos e petroquímicos. Além disso, gera uma receita de ICMS acima de R$ 3 bilhões anuais para a Bahia, representando mais de 90% da receita tributária de Camaçari e da cidade vizinha Dias D´Ávila.

O complexo também é essencial na economia local, gerando cerca de 40 mil empregos (10 mil diretos e 30 mil indiretos). Os especialistas em engenharia compõem grande parte dos colaboradores do Polo, que necessita de profissionais em engenharia química, elétrica, de produção, automação, entre outras. “O polo é um motor econômico vital para a região, atraindo investimentos, gerando receitas e estimulando o crescimento de negócios associados. Esse desenvolvimento econômico, por sua vez, sustenta a infraestrutura e os serviços necessários para a prática da engenharia”, explica Coutinho.

Sustentabilidade e gerenciamento

As empresas do Polo de Camaçari priorizam a sustentabilidade, enfrentando continuamente o desafio de implementar medidas de proteção ambiental. Elas adotam programas e estratégias para racionalizar o uso da água, reduzir emissões de carbono, inovar em práticas sustentáveis e promover a cultura de reaproveitamento de resíduos.

Para representar as empresas do Polo, foi criada uma associação empresarial privada: o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – Cofic. A entidade atua prioritariamente nas áreas de meio ambiente, segurança industrial e patrimonial, saúde ocupacional, relações com governos e comunidades vizinhas ao Complexo, comunicação social e desenvolvimento de pessoas.

A participação do Crea no Polo Industrial de Camaçari

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia faz parte desses 46 anos de história do complexo petroquímico. O órgão atuou já durante a construção da estrutura, garantindo que todas as atividades de engenharia seguissem as normas técnicas e regulamentações vigentes. Dentre as principais responsabilidades do Crea-BA estavam a verificação de projetos, a emissão de Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) e a certificação de que os profissionais envolvidos estivessem devidamente registrados e qualificados.

Atualmente, a atuação do Conselho continua a ter importância vital para que o Polo Industrial de Camaçari opere de maneira segura, eficiente e sustentável. “A fiscalização rigorosa, o suporte à formação profissional e a promoção de práticas éticas e técnicas adequadas ajudam a manter o polo como um dos principais complexos industriais do Brasil, contribuindo para o desenvolvimento econômico e tecnológico da região e do país”, finaliza o engenheiro Vilson Coutinho.

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