Em Feira de Santana

“Não dá para parar e depois negociar”, diz Jerônimo sobre mobilização dos policiais civis do estado 

O gestor também comentou sobre a corrida eleitoral à prefeitura de Feira de Santana.

Jerônimo Rodrigues
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Durante a visita do governador Jerônimo Rodrigues à Feira de Santana na manhã desta quinta-feira (1º), ele falou a respeito das últimas notícias sobre a segurança pública no estado, como a mobilização dos policiais civis da Bahia. O gestor também comentou sobre a corrida eleitoral à prefeitura de Feira de Santana.

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Desde a assembleia entre o Sindipoc (Sindicado dos Policiais Civis do Estado da Bahia) e outras entidades sindicais do segmento, no último dia 19 de julho, os agentes estão mobilizados até o próximo dia 12 de agosto, quando será realizada uma nova assembleia. A principal reivindicação é a reestruturação salarial da categoria. 

O governador esteve em Feira para autorizar a ampliação e reforma do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), além de entregar R$ 24 milhões em investimento nas estradas dos distritos da Princesa do Sertão. 

Ao Acorda Cidade, Jerônimo disse que tem investido na segurança pública comprando equipamentos, construindo novas delegacias e destacou que tem apenas um ano e meio do seu governo. Ele disse que precisa se limitar.

“Eu gostaria de chegar já botando um papel e aumentando, fazendo concurso onde precisa, mas eu tenho que me limitar, porque senão eu dou aumento, eu faço concurso, depois eu não tenho um caixa que me sustente. Estamos cuidando de dialogar com o movimento para gente compreender. Agora vamos ter que negociar, não dá para parar e depois negociar. Volta para o trabalho para gente poder tentar. Nós teremos uma proposta, mas é preciso que eles compreendam que não se faz movimentação para uma área estratégica dessa forma. Se alguém está usando da política, está errado, eu não vou usar, pode ter o compromisso meu e o que eu puder fazer, eu farei, para poder corrigir as distorções salariais”. 

O gestor também comentou sobre o avanço das facções criminosas em todo o estado, inclusive, dentro dos presídios que sempre tem registrado apreensões de celulares. 

“Nós sabemos que as forças das facções não são estadualizadas, o movimento é nacional. E para um movimento nacional de segurança pública tem que ter uma resposta nacional. As forças, às vezes sai uma ordem de uma facção de um estado para outro e alguém tem que interceptar. Não é o governador que tem que fazer isso fora da sua fronteira. Então nós contamos ao ministro que precisamos de uma força tarefa do Ministério e do Governo Federal para barrar, frear a inteligência nacional dessas facções. Nos estados, nós estamos fazendo, comprando viatura de sistema, equipamentos que bloqueiam o sinal de celular nesses presídios. Nós estamos com operações diárias. Não é só em Salvador não. Aqui em Feira, em Jequié, em Juazeiro”. 

Ele ainda disse que os dados divulgados da segurança pública nos últimos dias não são dos melhores, mas ainda assim, registram queda da violência e a presença do combate a criminalidade no estado. 

“Os dados agora, por exemplo, na minha avaliação, se alguém diz assim, mas quem puxou você para baixo governador? Foi a segurança pública. Realmente está ali que não é a avaliação melhor, mas compare o ano passado com esse ano que a gente vai ver que, também esses dados, mesmo não sendo o que nós queremos, me puxou para cima, eu olho assim”. 

Política

Jerônimo respondeu como o governo vai trabalhar para eleger o então pré-candidato à prefeitura de Feira de Santana, José Neto, que precisa reorganizar suas estratégias diante a apresentação da chapa do seu maior concorrente que tem José Ronaldo e Pablo Roberto como vice. 

“Eu vou cuidar dos meus para que a gente possa andar correto, mas eu gostaria muito de saber qual a opinião do atual candidato sobre a atenção básica. Eu quero ver no debate com Zé Neto o que Ronaldo vai dizer da atenção básica e depois que ele responder, eu vou perguntar: ‘por que seu candidato lá atrás não fez?”.

O governador criticou a situação de alguns vias importantes da cidade que estão sem limpeza pública e questionou investimentos do poder municipal que não foram executados, mesmo após tantos anos da mesma governança, do mesmo grupo político.   

“Eu coloco aqui, se alguém disser que é conversa eu pego na mão e vou levar. Eu vou a pé. Eu sei onde ficam as ruas. Olhe na frente da igreja Santo Antônio, em frente ao Amélio Amorim. Aquilo ali é a passagem da nossa cidade. Olhe do lado direito antes de chegar na igreja Santo Antônio. Eu espero que com isso aqui eles cuidem. As pessoas passam por Feira e ver uma cidade maltratada. Quero saber se o atual prefeito, o atual candidato vai falar mal de quem não fez. E eu quero muito discutir. Se tiver que debater comigo sobre a saúde pública, venha debater comigo. Se tiver algum espaço, eu não sou candidato a prefeito, mas a saúde, a educação estadual eu quero debater. Minha secretária está pronta para debater qual é a responsabilidade nossa e qual é a dele no município”, disse.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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