Entrevista

Quero ter a oportunidade de fazer o meu governo, diz prefeito Tarcízio Pimenta

O entrevistado desta quinta-feira (9), foi o prefeito e candidato a reeleição, Tarcízio Pimenta (PDT), falou sobre a administração e planos de governo, caso seja reeleito

 Roberta Costa

Fechando o ciclo de entrevistas com os candidatos a prefeitura de Feira de Santana, promovido pelo Acorda Cidade, o entrevistado desta quinta-feira (9), foi o prefeito e candidato a reeleição, Tarcízio Pimenta (PDT). Ele falou sobre a administração e planos de governo, caso seja reeleito

 
Acorda Cidade: Qual o plano de governo, caso consiga a reeleição?
 
Tarcízio Pimenta: As pesosas acham que trabalhar é colocar pedra, ciumento, areia, fazer estruturas metálicas, grandes prédios e deixar o povo a deriva. É como se você fizesse um navio bonito, colocasse no mar e o deixasse . Não é isso, administrar é olhar para a vida das pessoas, o sentimento delas. Lutamos para diminuir o desemprego na cidade, dar condições para as pessoas trabalharem, sustentar suas famílias com dignidade. Mesmo que para isso, a gente tenha que abdicar de determinadas obras. Estamos trabalhando para que o jovem da periferia consiga competir no mercado de trabalho, de igual pra igual. Não é calçar rua, pedra não crescimento para as pessoas. As ações do meu governo podem não ter dado tanta repercussão em termos de visibilidade de governo, porque as pessoas observam muito pela aparência e não do que foi feito para melhorar efetivamente a vida das pessoas
 
Restaurante Popular – São quase de R$200 mil por mês que gastamos com o funcionamento do Restaurante Popular. Um prato de comida por R$1 não existe em nenhum lugar. É o preço de um picolé. Se você computar esse valor por ano dá R$2 milhões e 400 mil. Com esse dinheiro, cada ano eu faria um viaduto novo. No final do governo seriam 4 viadutos. Mas, esse recurso eu gasto para dar comida ao povo que tá passando fome. Eu acredito que o governo tem que dar condições de sobrevivência para quem precisa viver. Me perdoe porque eu não tive condições de fazer tudo. Não foi porque eu não quis. Mas, porque encontrei o governo muito ruim. Fizemos obras e ações importantes e íremos fazer mais.
 
Ciclovias – Fazer ciclovias é importante para a cidade. Temos projetos prontos e estamos trabalhando para despoluir a cidade, investindo no meio ambiente. Estruturamos a Secretaria do Meio Ambiente, que não existia. Hoje não dependemos mais de Salvador para fazer um simples licenciamento de uma pedreira ou avaliação de obras. 
 
Tecnologia – Estamos trabalhando para modernizar a administração. Incluindo um sistema digital na educação, na saúde, no trânsito. Implantamos câmaras digitais inteligentes na entrada da cidade.
 
Educação – Estamos atualizando as escolas. Temos mais de 10 escolas que funcionam em tempo integral. As crianças chegam de manhã, merendam e almoçam. Elas só vão pra casa de noite. Vamos construir mais creches, para que as mães possam trabalhar despreocupadas. 
 
Centro de Abastecimento – Na eleição é comum um pegar a ideia do outro e apresentar como sua. Estamos procurando uma área para que o mercado grossista possa sair do Centro de Abastecimento e ele funcionar apenas para o pequeno consumidor. Assim, vamos criar mais empregos e rendas, mas estamos enfrentando algumas dificuldades. 
 
Viadutos – Vamos fazer mais. Criou-se um mito de que Feira de Santana é a única cidade do Brasil a ter viadutos e não é. Temos o projeto aprovado de um viaduto na Bartolomeu de Gusmão. Estamos em um processo natural de captação de recursos. Também temos a Avenida Ayrton Senna que está com o projeto pronto e aprovado. A ampliação da Fraga Maia e o governo do estado entendeu a importância da Avenida Nóide Cerqueira, pois é uma obra que o município não tem condições de fazer sozinho. 
 
Trânsito – Estamos fazendo o diagnóstico do tecido urbano de Feira de Santana. O município precisa interligar uma série de ruas e avenidas. Recuperamos ruas e avenidas que estavam destruídas e acabadas, muitas delas por obras inacabadas da Embasa. A prefeitura que teve que recuperar.  A Secretaria de Transporte e Trânsito nunca funcionou em Feira. Era inerte, apática. Falam por aí que quem comanda o transporte é o empresariado. Mas, discursar é muito simples. Vejo alguns afirmarem que não vão aumentar a tarifa. Não vai dar não? Quer que vire transporte clandestino? Nós colocamos 80 ônibus novos na cidade. Foram para a imprensa e disseram que eram velhos, mas não andaram nos ônibus. Construímos 100 abrigos novos, colocamos 50 mil metros de sinalização, mais de 5 mil placas verticais para melhorar a sinalização. Saímos de 6 para 30 viaturas equipadas. Fizemos inúmeras ações de combate ao transporte clandestino, mas infelizmente, não temos o número de fiscais suficientes. Temos 10 ônibus articulados, que levam 180 pessoas, o tradicional leva em media, 60. 
 
Engarrafamentos – Eu vejo gente reclamando de engarrafamentos. Para não passar por isso só morando em uma cidade de primeiro mundo. Mais de 1200 veículos são colocados em circulação por mês na cidade. Dois veículos não podem ocupar o mesmo espaço. Não tem como expandir mais. Fechamos retornos, asfaltamos avenidas e ruas colaterais para diminuir o trânsito nas grandes avenidas, mas o fluxo em horários de pico é muito grande. Temos que entender que moramos em uma grande cidade. O motorista também tem que se educar. Por isso, estamos levando o trânsito para as escolas.
Centro administrativo – Temos um projeto pronto para o centro administrativo. Temos que digitalizar a cidade, torná-la moderna e voltada para o desenvolvimento. 
 
AC: Por que o senhor deseja ser prefeito mais uma vez?
 
TP: Quero ter a oportunidade de fazer o meu governo. Cumpri todos os compromissos assumidos, não fiz o sacrifício do município, mas honrei meus compromissos políticos. Agora eu quero governar com a nossa marca, com pessoas que comunguem os mesmos objetivos, que estejam olhando o futuro e deixando as amarras da fidelidade com o passado. 
 
AC: O senhor sabia que o governo não tinha sua cara. Por que não mudou?
 
TP: Nosso governo assumiu um compromisso e com muito esforço conseguiu cumprir todos. Eu vejo muito slogan bonito e no final nada acontece. Eu investi na saúde, na educação, mas fomos boicotados. As pessoas pensavam que estavam me prejudicando fazendo isso e não pensavam na população. Pensavam: vou prejudicar o prefeito e deixar a população de qualquer maneira. Sofri com manifestações orquestradas, organizadas e programadas na casa de políticos, com o objetivo de prejudicar o governo e lançar candidaturas. 
 
AC: Quais mudanças serão feitas no centro da cidade?
 
TP: O centro de Feira é o calcanhar de Aquiles de qualquer administração, porque está congestionado em relação ao mercado informal e ao trânsito. Precisamos expandir o centro e estamos fazendo isso. Por exemplo, o bairro Kalilândia hoje é praticamente um bairro comercial, com bares, restaurantes, comércios diversos. O que existe é uma busca incessante pela sobrevivência, todos precisam sobreviver. Quando se criou o Feiraguai, ele atendia o quantitativo de camelôs e mercado informal da época. Hoje ficou pequeno. Estamos procurando outro espaço para fazer a redistribuição. Vejo deputados e até senadores dizendo que vão colocar recursos na Sales Barbosa, mas quando procuro a verba não encontro. O comércio não é apenas Marechal Deodoro, Sales Barbosa, Praça João Pedreira e Praça da Bandeira. Temos a João Durval também que foi totalmente asfaltada. Temos uma central de videomonitoramento, que acompanha a vida no centro e diminuiu o número de assaltos. Mas, o próprio comerciante não ajuda, não quer participar das discussões e nosso governo é feito no diálogo e na
conversa, não na imposição. 
 
 
 
AC: Em relação aos distritos de Feira de Santana, quais os seus projetos?
 
TP: Os governos anteriores asfaltavam ruas apenas, nós além disso, informatizamos e melhoramos o atendimento nos distritos, também com os Postos de Saúde. O povo que vai escolher o administrador do município através de eleição, para que seja alguém que saiba da vida do distrito, ajudando a administração. 
 
AC: A gente recebe muitas reclamações sobre a rua Calamar no Parque Ipê. Existe uma previsão de quando a situação será resolvida?
 
TP: O problema da rua Calamar é o esgoto. Enquanto a Embasa não fizer o esgoto, não tem como asfaltar. 
 
AC: E o bairro Aviário?
 
TP: Construímos quadras poliesportivas no bairro e estamos construindo outra com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no Aviário e outra na Cidade Nova. Nunca deixamos de estar próximos dos governos estadual e federal. 
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários