Polícia

Diretor do Sindicado dos Policiais Civis diz que colega foi executado com tiro de fuzil

A morte gerou protesto na frente da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e antecipou o início de uma paralisação de 72 horas. O sidicalista contesta as informações da Corregedoria.

Andréa Trindade

O policial da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Salvador, Valmir Borges Gomes, 54 anos, morreu por volta das 21h de ontem (2), quando policiais de duas delegacias especializadas trocaram tiros na avenida Paulo VI, no bairro Pituba.

A morte gerou protesto na frente da Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e antecipou a ameaça de greve. A  aprovação de uma paralisação de 72h será discutida numa assembleia na manhã de hoje (3),  na Associação dos Funcionários Públicos do estado, na Avenida Carlos Gomes, em Salvador.

De acordo com a Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Valmir estava acompanhado de outras duas pessoas, numa viatura não padronizada. Os três reagiram atirando quando foram abordados por uma equipe de investigadores da Delegacia de Tóxico e Entorpecentes (DTE), que foi ao local averiguar uma denúncia de extorsão.

A denúncia foi feita diretamente à Corregedoria, que acionou a Polícia Civil. Foi relatado que policiais civis estavam exigindo dinheiro para não prender um jovem, que estava comprando lança perfume.

O diretor do Sindicato dos Policiais Civis do Interior, Joseval Costa,  disse ao ACORDA CIDADE  que exigiu a presença do Ministério Público nas investigações sobre a morte do policial e contesta as informações da corregedoria.


 “Eu particularmente conheço Valmir, que foi cominado com uma execução por um grupo de policiais dentro da Polícia Civil (…). A história que está sendo veiculada é mentirosa”, declarou o diretor do sindicato.

"O colega foi morto sentado com tiro de fuzil", afirmou. Questionando sobre o motivo de uma execução ele disse que ainda não tem todos os detalhes.  "A coisa está tão seria que estamos exigindo a presença do Ministério Público, para não maquiarem o que houve", lamentou. 

 

Investigações

A Corregedoria da Polícia Civil já está apurando as circunstâncias do confronto entre policiais civis.  O jovem foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil para prestar depoimento.

Os integrantes das equipes que participaram da operação também foram ouvidos. Os carros envolvidos na troca de tiros estão sendo periciados e todas as armas foram apreendidas.

Com a troca de tiros, os outros dois homens fugiram e estão sendo procurados. Além dos agentes da DTE, os policiais que foram checar a denúncia, contavam com o apoio da Coordenadoria de Operações Especiais (COE).

Foto: Mila Cordeiro/Agência A Tarde

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