Laiane Cruz
Morto durante uma operação do 14º Batalhão da Polícia Militar (BPM), na tarde de segunda-feira (11), Aguinaldo Leite da Silva Neto, mais conhecido como Neto Talisca, é apontado pela polícia como líder do tráfico de drogas no bairro Novo Horizonte, em Feira de Santana, onde comandava uma grande rede de distribuição e vendas. Ao lado dele nas ações criminosas estava Felipe Augusto Machado Lima, o Batoré, que também perdeu a vida em meio ao confronto.
Os dois foram denunciados por populares enquanto exibiam armas na praia do Garcez, no município de Jaguaripe, baixo sul da Bahia. A dupla estava hospedada em uma pousada de luxo da região, juntamente com duas digitais influencers, que foram presas enquanto tentavam fugir em uma caminhonete, com 1 quilo de cocaína dentro. As mulheres foram encaminhadas para a delegacia de Santo Antônio de Jesus.
Em entrevista ao Acorda Cidade, na tarde desta terça-feira (12), o delegado Deivid Lopes, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Feira de Santana, informou que Neto Talisca estava sendo procurado pela polícia, porém isso demorou a acontecer porque ele orquestrava as ações criminosas no bairro Novo Horizonte a distância.
“Já existiam algumas investigações com relação à atuação dele no tráfico de drogas em Feira de Santana e já havia sido identificado que ele exercia um determinado poder de comando naquela região. Existiam investigações em curso, que apontavam para essa atuação dele, e investigações paralelas sobre a forma como ele atuava e exercia poder sobre a população. O Batoré, a gente já tinha conhecimento, de que alguém estava acompanhando o Talisca nas atividades criminosas, mas ainda não tínhamos a identificação precisa dele, porém ontem na ação com a Polícia Militar, com a finalidade de prender os indivíduos, pudemos identificar essa pessoa que estava colaborando com as atividades desenvolvidas pelo Neto”, informou o delegado Deivid Lopes.
De acordo com o delegado, Neto Talisca possuía condenação pelo crime de homicídio, e era apontado como mandante de outros homicídios realizados em Feira de Santana. Além disso, possuía condenação por crime de roubo.
“Ele era um indivíduo que atuava em várias vertentes criminosas. Especificamente no Novo Horizonte, era muito comum identificar a relação com o Neto dos traficantes que eram presos naquele local, e a captura dele em Feira de Santana era muito improvável já que ele não ficava na região. Ele exercia o poder de comando no bairro à distância, sempre se mantendo afastado para evitar a captura e esse monitoramento policial. Mas sempre quando ocorriam operações naquela região a gente conseguia fazer a ligação com esse traficante”, informou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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