Feira de Santana

Após protesto de estudantes contra assaltos, CPRL diz que pretende ampliar rondas nas escolas

Número de assalto próximo às escolas aumentou com o retorno das aulas presenciais.

Laiane Cruz

Na quarta-feira (6), estudantes de escolas da rede estadual de Feira de Santana realizaram uma manifestação em frente ao Núcleo Territorial de Educação (NTE), na Avenida Presidente Dutra, para chamar a atenção para o alto índice de violência no entorno das unidades e pedir reforço no policiamento.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o coronel Adalberto Píton, comandante do Comando Regional Leste (CPRL), informou que pretende melhorar a estrutura da Ronda Escolar.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A demanda escolar aumentou muito a questão da violência nas escolas e não só na parte interna, principalmente na externa, onde nos cabe. E a polícia desenvolveu, não só o Proerd, que é um programa interessante, que é a prevenção de uso de drogas, como a Ronda Escolar, que é um grupo de policiais treinados e alinhados com gestores escolares, para oferecer uma melhor segurança. Em Feira de Santana, esse trabalho é muito bem executado pela Tenente Renata Martins com sua equipe, mas evidentemente é apenas um serviço, nós precisamos ampliar para uma operação, como é em Salvador, e quem sabe um dia criar realmente uma unidade sobre o comando de um oficial superior, com efetivo que possa atender toda a demanda de Feira de Santana”, afirmou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Segundo o comandante do CPRL, as viaturas da ronda contam com três ou quatro policiais, que têm um roteiro específico, e dão palestras nas unidades escolares.

“É uma unidade especializada e que conhece mais de perto os problemas da comunidade escolar. Hoje ainda está ligada ao CPRL, como também nós temos a ronda Maria da Penha, que é ligada ao CPRL e a operação Garra, que atua juntamente com a Asa Branca, e eu quero aproveitar aqui para agradecer a parceria com o Tenente Coronel Cavalcante e Coronel Muniro CPE. Mas como eu disse são serviços ainda atrelados ao CPRL, todavia as unidades também nos ajudam nesse sentido. Na parte interna, a gente não interfere, só quando nós somos chamados, na parte interna é mais palestras, são ações preventivas, reuniões, etc. São campanhas que nós fazemos e também tem o Proerd que é um programa muito conhecido, que é um programa de ação social. E na parte externa, é justamente patrulhar as portas das escolas, evitando que aquele aviãozinho que fica fazendo aquele tráfico de droga varejo e ele venda ali a droga e a partir dali gere uma violência e também a questão do roubo de celular, que é muito comum, os indivíduos passam de moto e aproveita”, informou o coronel ao Acorda Cidade.

Adalberto Píton destacou ainda a importância da colaboração da comunidade. “A gente também tem discutido a importância da ação preventiva do aluno, colaborar com a polícia, evitar expor seu celular, evitar atender ligações em qualquer lugar, ficar atento, porque muitas vezes a pessoa fica absorto no WhatsApp e o bandido passa e arrebata o celular, enfim. A segurança pública depende de todos nós.”

Ele reforçou que a Ronda Escolar busca contemplar toda a rede educacional. “Em Salvador, por exemplo, eu trabalhei em um setor, que tinha a ronda universitária que era de motocicleta, que era uma ronda específica para as universidades, porque a demanda nas portas das universidades normalmente são maiores em relação a furtos de carros, aqueles cursos que funcionam à noite, então tem muito furto de carro, tráfico de drogas, assalto. Aqui em Feira ainda não temos, mas quem sabe um dia possamos desenvolver esse tipo de atividade especializada.”

O coronel Adalberto Piton informou que a expectativa é aumentar, não só a Ronda Escolar, como também a Ronda Maria da Penha.

“Nós estamos fazendo um estudo, inclusive, a Tenente Renata e a Major Lilian estão reunidas com a comunidade escolar para que levantem esses dados, para verificar a questão das câmeras que estão interligadas com a prefeitura, tudo isso para melhorar a comunidade escolar.”

Ele destacou que a prioridade vai ser a área onde ocorreu a manifestação, ou seja Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, Gastão Guimarães e Ceep.

“Identificamos dentro daquele complexo aquelas ruas laterais, que ficam usuários de drogas, os estudantes às vezes se afastam, passam naquelas áreas sensíveis e a reunião visa isso, identificar onde está precisando e vamos sempre atuar em conjunto e sempre discutindo.”

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade 

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