Maylla Nunes
Após a publicação da liminar no início da tarde desta sexta-feira (1º), que atribui de uso da força policial para garantir o desbloqueio dos prédios da Prefeitura Municipal e suas imediações, ocupadas por professores da rede municipal de ensino, vereadores que acompanham os profissionais da educação lamentaram o ocorrido.
Em entrevista ao Acorda Cidade na tarde desta sexta-feira, o vereador Ivamberg Lima (PT) criticou o posicionamento do prefeito Colbert Martins e atribui a liminar como uma 'manobra para evitar o diálogo com os professores,
“Acho um absurdo. Mostra a forma desrespeitosa em que o prefeito ao invés de abrir um canal, uma mesa de negociação, mais uma vez utiliza-se de manobras para a partir de uma liminar, cobrar R$ 5 mil hora a APLB se não se desapropriar. Inclusive, ainda vem uma determinação a força policial para tirar os professores de dentro, mostra como Colbert trata os profissionais. É um absurdo, por que não abre uma negociação para que os professores, secretários de educação venham a negociar? Tive acesso agora a liminar que está contra a APLB. Não sei já foi oficializado com o sindicato, só começa a contar a partir que a APLB for oficiada”, disse o vereador.
Também presente na greve, o vereador Silvio Dias (PT), destacou que manifestar é um direito do trabalhador e frisou que o município vive atualmente uma 'ilegalidade'.
“Todo o trabalhador tem o direito de se manifestar e estão se manifestando dentro de um órgão público. Entraram, e é bom que se diga, sem nenhuma violência, não houve invasão. As portas estavam abertas e os professores entraram. A partir daí foram trancados lá dentro e permaneceram em cárcere privado. Pior do que isso é o que estamos vivenciando hoje. A notícia que temos é que há uma pessoa ferida desde a madrugada, sangrando e mantida em cárcere privado em condição de tortura. A nossa lei determina que qualquer pessoa presa deve ser conduzida a presença da autoridade policial, ela tem o direito. Vimos uma comissão da OAB a ser formada para adentrar, para verificar a situação em que ele se encontra e não foi permitida a sua entrada, infelizmente. Em Feira de Santana, estamos vivendo ilegalidade em cima de ilegalidade. Não há agora que se falar em ilegalidade sobre a ocupação do prédio porque já estamos vivendo outras a exemplo das agressões”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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