Laiane Cruz
O prefeito Colbert Martins Filho defendeu na tarde desta sexta-feira (1º) o uso da força pela Guarda Municipal, como forma de preservar o patrimônio público. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele afirmou que o órgão, vinculado à Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev), está exercendo o seu papel de forma adequada e sem passar dos limites, garantidos por lei.
A declaração do prefeito ocorre em meio aos protestos realizados por professores da rede municipal de ensino. Desde ontem (31), um grupo de manifestantes ocupa o prédio da prefeitura e hoje pela manhã entraram em confronto com a Guarda Municipal.
Vídeos mostram o momento em que os prepostos da Guarda batem com cassetetes nos manifestantes, que revidam as agressões. Houve muito choro, gritaria e pedidos de socorro por parte dos participantes do protesto, dentro e fora do paço municipal.
“O nome disso é Lei de Aplicação de Força Moderada, uma coisa regulamentada, e que se usa elementos não letais para evitar uma coisa mais forte. Na hora que se faz o uso de gás, spray de pimenta e outros, você está evitando que se chegue a um nível maior de descontrole. O uso moderado da força é uma coisa regulamentada por lei, esses tipos de passos que estão sendo dados”, afirmou o prefeito.
Ele declarou ainda que não assistiu a todos os vídeos que foram publicados nas redes sociais, mas acredita que a violência está vindo, desde a invasão, por parte, não de professores, mas de sindicalistas ligados ao PC do B, com pessoas da rua vestidas com camisa do PT e do PSD.
“Então não é uma questão dos professores, é uma questão de cunho político, visando depredação do patrimônio público. Um assessor do vereador Jhonatas Monteiro deu um murro em um guarda municipal e ele foi levado para a delegacia para dar uma queixa porque está com a boca sangrando. Eu acho que a Guarda está fazendo a defesa do patrimônio público da forma adequada, não está passando do limite, sendo inclusive agredida. Eu sou contra a violência, mas não posso admitir que uma guarda seja agredida por um vereador e um funcionário da Câmara. Isso que é violência”, disse.
“Eu tenho um dente quebrado, escoriações por todo o corpo e sangue no meu terno, mostrando que não se trata de uma ficção. A truculência com que o prefeito Colbert Martins tem tratado essa situação da educação é uma vergonha. Me sinto envergonhado, não apenas como vereador, mas como cidadão. A ordem partiu de algum lugar, e o prefeito em ultima instância é responsável por isso”, afirmou.
Ele disse ainda que o assessor Rafael Moreira está preso dentro do prédio da prefeitura, sem acesso a advogados, e que as agressões desferidas pelos Guardas Municipais ocorreram de forma gratuita.
"Rafael foi agredido de partida pela Guarda. Os vídeos mostram isso claramente. Ele reagiu à agressão, e quem observar os vídeos vai ver que ele foi covardemente agredido por vários guardas ao mesmo tempo, com cassetetes. Um despreparo, e quem está despreparado não pode exercer função pública. Espero que a prefeitura não suma com as imagens gravadas pelas câmeras que existem dentro da prefeitura."
Com informações de Ney Silva e Maylla Nunes do Acorda Cidade.
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