Feira de Santana

Vítima de tentativa de homicídio, agente de limpeza relata como sofreu agressão

Segundo a Polícia Civil, o autor da agressão contra Estevão Cunha respondia a três inquéritos policiais por prática de crimes como roubo, lesão corporal, ameaça, dano e estupro de vulnerável.

Laiane Cruz

Na noite de domingo (27), por volta das 19h, a Polícia Civil prendeu preventivamente um homem acusado de agredir fisicamente pelas costas, com golpes de porrete na cabeça, um agente de limpeza pública da empresa Sustentare.

A agressão ocorreu no dia 27 de novembro do ano passado, no Beco da Energia, em Feira de Santana. A vítima, Estevão Cunha Santana, de 54 anos, sofreu traumatismo cranioencefálico e precisou ficar internado cerca de oito dias em um hospital de Salvador, sendo quatro dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em entrevista ao Acorda Cidade, Estevão Cunha Santana relatou que já está recuperado e não ficou com nenhuma sequela dos golpes. De acordo com ele, a agressão ocorreu de forma gratuita.

“Eu estava fazendo a limpeza do Beco da Energia, e uma mulher que tem uma barraca de verdura lá inventou que eu estava trabalhando devagar demais, que era pra eu adiantar e ir embora logo, e depois veio e me pediu a pá pra me ensinar como se trabalhava. Aí ela veio para tomar a pá de minha mão e eu segurei. Quando eu segurei, veio um colega dela e me deu uma cacetada por trás. Eu não vi, nem sei quem foi”, contou o agente de limpeza.

Segundo Estevão Cunha, a vendedora de verduras trabalhava no local há mais de 10 anos, e o jovem que o agrediu fazia parte do grupo de vendedores dela.

“Ele faz parte do grupo de cinco a seis jovens que trabalham ali e enchem os carros de mãos de verduras e sai durante o dia para vender, e quando é à noite, eles voltam para aquele ponto pra prestar contas a ela. Lá só tem a barraca de verduras dela. Depois que aconteceu, chegaram os colegas e eles me socorreram. Eles me chamavam pelo nome, mas eu não tinha reação para responder, porque o negócio foi muito grave. E quando cheguei no hospital, o médico disse que era para me entubar e transferiu para um hospital em Salvador. Fiquei quase oito dias internado, sendo quatro dias na UTI”, informou.

Apesar do ocorrido, o agente de limpeza garantiu que não ficou com mágoas do autor da agressão e que ficou apenas uma lesão no osso da face do olho direito.

“Fiquei internado no Hospital Tereza de Lisieux, em Salvador, mas graças a Deus não fiquei com sequelas. Não fiquei com nenhuma sequela, e quarta-feira de manhã (dia 2) vou passar pelo médico e à tarde eu retorno para o trabalho. Não tenho mágoas deles, entreguei a Deus, pois sou evangélico”, disse.

Segundo a Polícia Civil, o autor da agressão contra Estevão Cunha respondia a três inquéritos policiais por prática de crimes como roubo, lesão corporal, ameaça, dano e estupro de vulnerável. A prisão dele foi determinada pela Juíza Titular da Vara do Tribunal do Juri, Márcia Simões.

 

Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade

 

Leia também: Preso suspeito de tentar matar agente de limpeza 'sem motivo' enquanto trabalhava

 

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