Laiane Cruz
Uma criança recém-nascida do sexo feminino foi abandonada pela genitora no mercado de artes da cidade de Serrinha, ontem (17), por volta das 11h15. A criança estava enrolada em uma peça de tecido, conhecida como ‘cueiro’, e foi encontrada atrás da porta do banheiro do entreposto comercial, por uma funcionária da empresa que administra o espaço.
De acordo com a conselheira tutelar Naiane Oliveira Mota, que está acompanhando o caso, a bebê foi achada com uma pulseirinha no braço, onde constava a informação que teria nascido no dia 16 de fevereiro, às 10h25. Porém, no acessório de identificação, não constava o nome do hospital ou outras informações que pudessem identificar a mãe.
“Ela foi deixada ontem pela manhã às 11h15 no Mercado de Arte de Serrinha e o pessoal que cuida do banheiro informou que uma pessoa entrou com uma bolsa e logo em seguida que ela saiu, a moça que toma conta do banheiro foi para fazer a vistoria e encontrou a criança atrás da porta. Ela acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar. É um recém-nascido do sexo feminino”, confirmou a conselheira.
Segundo Naiane Oliveira, após tomar conhecimento do caso, de imediato ela levou a criança para o hospital, onde recebeu os primeiros atendimentos.
“Depois fizemos o registro em delegacia de abandono de incapaz para se fazer a busca dessa genitora. A criança está em um abrigo na cidade, que chama Casa Lar. Já foi informado ao Ministério Público e ao Juizado para expedirem a guia de acolhimento, até que a polícia investigue e veja realmente como vai proceder sobre a questão. A criança estava arrumadinha, estava limpa, envolta em um cueiro. Quando chegamos ao hospital, foi feita uma força-tarefa de médicos, fiquei até emocionada. Está bem tranquila, sendo bem cuidada. E ontem o nosso celular não parou e tivemos que emitir uma nota, pois as pessoas já achavam que ela iria para a adoção, mas não é dessa forma. Existe todo um trâmite do Judiciário, que só cabe ao Conselho dar o apoio para o que o Judiciário solicitar”, explicou.
A conselheira esclareceu que os próximos passos do judiciário são solicitar a busca ativa da família da criança e saber em qual contexto ela está inserida.
“E temporariamente até que se investigue e localize a família a criança ficará na casa de acolhimento. Depois disso, o juiz faz um estudo do caso, com a equipe multidisplinar, com psicólogo, assistente social, todo um estudo com a família para ver se está apta a receber a criança ou não. Foi a primeira vez que isso aconteceu em nossa cidade.”
Procurada pela reportagem do Acorda Cidade, a delegacia de Serrinha informou que já apurou que a família da bebê é da cidade de Teofilândia, que fica próximo a Serrinha. E o caso foi repassado para a delegacia de lá investigar. O site não conseguiu contato com o delegado de Teofilância para saber mais informações sobre a apuração do caso.
Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.