Laiane Cruz
O mês de dezembro é considerado um dos melhores períodos de vendas para o comércio, em função dos festejos natalinos e o réveillon. Diante disso, os comerciantes da Rua Recife, no centro comercial de Feira de Santana, estão preocupados com a lentidão das obras do projeto Novo Centro, realizado pela prefeitura, no local.
A Rua Recife também dá acesso ao Centro de Abastecimento e ao Shopping Popular Cidade das Compras. A via central está interditada e as calçadas com bastante entulho, o que faz com que os clientes tenham enorme dificuldade de acesso aos estabelecimentos.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com um dos comerciantes da rua, que preferiu não se identificar à reportagem, as lojas investiram, comprando mais mercadorias, mas a queda no movimento foi de aproximadamente 80% desde que as obras de requalificação da via se iniciaram.
“A situação já vem há mais de dois anos nos prejudicando de todas as formas possíveis, com poeira, barulho, os clientes não vêm, os carros de aplicativo e particulares não descem até a rua. E, depois de terem dito que já tinham finalizado a obra e entregue tudo pronto, abriram de novo para fazer outra coisa, colocando geradores nas portas das lojas, compressores, betoneiras, e ninguém aguenta o barulho insuportável. É uma área que tem muitas lojas para gestantes, e a gente só pede que o Meio Ambiente, que os responsáveis venham aqui medir os decibéis desses aparelhos. A gente não quer que pare a obra, tem que terminar, agora a gente quer que venham medir a potência da altura desses aparelhos, que estão prejudicando nossa saúde”, reclamou o comerciante.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Ele destacou ainda que não só os comerciantes da Rua Recife estão insatisfeitos com a situação, mas também os permissionários do shopping popular Cidade das Compras.
“Caiu o movimento, e o pessoal do Shopping Popular está sofrendo, porque é a rua principal que dá acesso ao local. O movimento caiu cerca de 80%. Temos funcionários, aluguel, imposto, e a gente não sabe o que faz, porque nos programamos para o final de ano, que a gente investe um pouco mais pensando no natal e no ano novo. E não tem fiscal da prefeitura atuando na obra”, disse.
O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Obras e Manutenções do município, mas até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade