Feira de Santana

Comerciantes lamentam prejuízos causados por obra inacabada na Rua Porto Velho no centro da cidade

O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Operações e Manutenção do município, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

Gabriel Gonçalves

Limpar o estabelecimento a cada 10 minutos ou tirar a poeira dos produtos esta sendo a rotina de muitos comerciantes da Rua Porto Velho, no centro de Feira de Santana, após o início das obras do Projeto Novo Centro.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O comerciante Adilson Silva, proprietário de um loja, informou à reportagem do Acorda Cidade que as vendas caíram nos últimos meses, por conta da dificuldade que muitos clientes estão tendo para terem acesso ao estabelecimento.

Ainda de acordo com ele, o pouco movimento está afetando a receita do empreendimento, assim como poder honrar os compromissos.

"Essa rua aqui está uma verdadeira vergonha, uma buraqueira tamanha, e os clientes estão correndo. A gente tem funcionários para pagar, energia, outras contas, e a situação está só pela misericórdia de Deus. Cadê os responsáveis por fiscalizar as obras? A rua passou cerca de três meses interditada e agora está desse jeito, uma poeira 24h por dia. Quem vem de fora fica perguntando se teve um terremoto aqui", disse.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Para que os clientes não possam levar as mercadorias sujas, Adilson explicou que é necessário limpar todas as mercadorias, quando são vendidas.

"Quando a gente algo aqui é R$ 10, R$ 20, R$ 30, pela misericórdia de Deus. A cada 10 minutos, a gente precisa limpar a loja, precisa retirar a poeira das mercadorias. Eu já tenho esse estabelecimento aqui há mais de 20 anos, a gente chama como Ladeira do Centro. O projeto estava ficando um brinco, mas esta rua aqui deixaram a desejar", lamentou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Cláudia Caribé, que também é comerciante e possui um estabelecimento de produtos de limpeza na rua Olímpio Vital, explicou que todo o entorno da rua está caótico, sem contar com as interdições que a prefeitura continua fazendo.

"A situação aqui em torno do Centro de Abastecimento está caótica. Eu passo ali pelo Shopping Popular, vejo as pessoas de braços cruzados porque não têm clientes para atender, todos os dias. É um verdadeiro quebra-quebra e nada resolve. Quando a gente pensa que está ok, aparecem novas interdições, como na Rua Recife, que fecharam novamente hoje. Essa Rua Porto Velho já é complicada sendo mão simples, as pessoas ainda querem fazer contramão nesse estado que está. No meu estabelecimento, por exemplo, a área do depósito fica lá na outra rua e estamos sofrendo horrores, porque quando o cliente que é de fora liga para obter referência, é um sacrifício conseguir chegar até aqui, muitos desistem e não voltam mais", salientou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O Acorda Cidade entrou em contato com a Superintendência de Operações e Manutenção do município, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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