Projeto Novo Centro

Feirantes da Marechal alegam que realocação de espaço traz prejuízos econômicos

O prazo para transferência é até o dia 21 de novembro.

Gabriel Gonçalves

A prefeitura municipal de Feira de Santana, publicou ontem (10) em edição extra do Diário Oficial Eletrônico, o prazo limite para a realocação dos feirantes que ocupam as ruas, passeios ou qualquer espaço público da cidade, inclusive da Rua Marechal Deodoro.

O prazo que foi estabelecido até o próximo dia 21 de novembro, está deixando muitos feirantes preocupados, principalmente porque, segundo eles, a fonte de renda que será prejudicada.

Trabalhando há mais de seis anos no mesmo espaço, a feirante Edineide Ribeiro, informou à reportagem do Acorda Cidade que recebeu a informação com muita tristeza e explicou que não há diálogo com o prefeito.

"Nós não esperávamos isso do governo municipal, a nossa espera, era por um diálogo que a gente já vem tentando aí por 11 meses, já protocolamos ofícios, só que infelizmente o prefeito de Feira de Santana não dialoga com ninguém. Estamos aqui na luta, pelo nosso espaço de trabalho. Nós já relatamos que não somos contra o Projeto Novo Centro, nem contra a revitalização do centro da cidade, mas que a gente possa ser encaixado dentro dessa revitalização", explicou.

De acordo com Merlinda Santos, conhecida como 'Mel', o Centro de Abastecimento não possui uma estrutura adequada para receber novos feirantes.

"A nossa meta é ficar aqui com barracas estruturadas e organizadas, porque hoje o Centro de Abastecimento está entregue as traças, não possui um local adequado para quem já está lá, imagine para a gente? Além do Pau da Miséria que eles falaram, tem as outras feiras livres da cidade, espalhadas pelos bairros, mas não possuem estruturas que sejam adequadas para trabalhar", disse.

Segundo Elizete dos Santos, saindo da Marechal Deodoro, toda da renda que sustenta a família, será prejudicada.

"Eu não vou descer para o Centro de Abastecimento porque é daqui que eu tiro o meu sustento. Quem trabalha no Centro, coloca a mercadoria no carrinho de mão e vem aqui para o centro da cidade vender, porque lá não está conseguindo. Hoje eu tenho 53 anos de idade e comecei a trabalhar com minha mãe quando eu tinha 7 anos, nunca trabalhei de carteira assinada, e o prefeito não está olhando por este lado, ele vai tirar o nosso sustento, vai tirar o nosso prato de comida. Nós somos seres humanos, somos pessoas, precisamos trabalhar em um local adequado, não aquilo do Centro de Abastecimento, será que ele não observa isso? Infelizmente, nós só temos o devido valor em época de eleição, porque aparecem para pedir voto, mas até o momento não houve nenhum diálogo, e se ele disser que teve, é mentira, porque estamos aqui, mas também queremos um espaço bonito e arrumado para a gente trabalhar", concluiu.

A reportagem do Acorda Cidade tentou contato com a Secretaria Municipal de Agricultura e aguarda retorno.

 

Com informações do repórter do Paulo José do Acorda Cidade

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