Acorda Cidade
Atualizada às 17h21
O Poder Judiciário determinou que seja suspenso, imediatamente, o bloqueio realizado na garagem da empresa Rosa. A decisão autoriza, caso necessário, o uso da força policial para garantir a saída dos ônibus, bem como assegurar o exercício da atividade dos trabalhadores do Sistema Integrado de Transporte (SIT).
Ainda conforme a decisão do juiz Nunisvaldo dos Santos, da 2ª Vara da Fazenda Pública, está previsto a pena de aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil e a responsabilidade civil, penal e administrativa dos responsáveis pela organização em caso de descumprimento.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Conforme a liminar, o bloqueio ocorrido "além de significar prejuízo aos usuários do serviço [essencial], cria obstáculos para continuidade da vacinação da população feirense, sendo a liberação das garagens com o retorno imediato da frota de ônibus que encontra-se parada, medida essencial para os serviços de saúde pública do município".
O magistrado também cita o réu Ubiratan Fonseca de Jesus, organizador da manifestação e nomeado no gabinete do vereador Silvio Dias, e informa o prazo de até 15 dias para sua contestação.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Apesar da determinação judicial, até por volta das 17h, o bloqueio em frente à empresa Rosa continuava. Em entrevista ao Acorda Cidade, a manifestante Brenda de Souza afirmou que a pauta do grupo é justa, pois historicamente as pessoas do campo sempre foram desprovidas de vários direitos.
“Quando a gente consegue alguma coisa é sempre em cima de muito suor, muita luta. E ainda assim há esse massacre, porque parece que a gente está pedindo alguma coisa, mas é um direito nosso. A gente precisa viver com dignidade e temos direito ao transporte coletivo de qualidade. Isso precisa ser efetivado.”
Em relação à liminar da Justiça, ela afirmou que até o momento não chegou nenhuma notificação para os manifestantes.
“Nenhum oficial esteve aqui. A manifestação vai continuar, e se o oficial de Justiça chegar a gente vai acatar, mas a manifestação é um direito. A depender do diálogo com o secretário, se a gente não tiver garantidas as nossas pautas, vamos continuar”, disse.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade e da Secom de Feira de Santana.
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