Feira de Santana

Crise no transporte público: prefeito afirma que fará o possível para não deixar população prejudicada

Os funcionários da Empresa São João, cruzaram os braços desde o último sábado (23).

Gabriel Gonçalves

Desde o último sábado (23), a população de Feira de Santana está enfrentando um grande problema com a falta dos ônibus da empresa São João. O motivo da paralisação é o atraso do pagamento dos salários dos rodoviários. Sem diálogo entre trabalhadores e empresa, não há previsão de quando o serviço deverá ser normalizado.

Em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta segunda-feira (25), o prefeito Colbert Martins declarou que esta crise no transporte público está acontecendo em todo o Brasil, não sendo a primeira vez em que os usuários são prejudicados pela falta de ônibus.

"Estamos enfrentando mais uma crise do transporte urbano, essa não é a primeira vez, ano passado isso aconteceu algumas vezes, mas isso está acontecendo em todo o Brasil. Estamos fazendo o possível para resolver esta situação com as empresas e realmente elas possuem um grande problema, disso eu não tenho dúvidas e reconhecemos que é uma crise muito grave. Apesar do Auxílio, que no ano passado o Governo Federal pagou 70% aos funcionários, a crise ainda continua, mas estamos nos esforçando para que tudo seja resolvido ainda hoje", disse.

Bilhetagem eletrônica 

Questionado sobre o uso da bilhetagem eletrônica, item da pauta de reivindicação da categoria dos transportes alternativos, o prefeito informou que será realizada uma reunião ainda nesta segunda-feira para que todos os assuntos sejam tratados e definida uma forma, para que a população não continue sendo prejudicada.

"Eu vou me reunir daqui a pouco com o secretário Saulo, o procurador Moura Pinho, Cleudson Almeida também para fazermos esta avaliação, porque quem está sofrendo na rua, são as pessoas que necessitam do transporte coletivo. Iremos fazer o que for possível, inclusive com as sugestões que Dinho do Alternativo trouxe aí na entrevista mais cedo, e precisamos aplicar os projetos. Feira de Santana hoje tem 109 linhas, sendo que 11 são rurais e 82 linhas da área urbana, na qual 11 fazem parte da zona rural, mas a empresa devolveu 4 linhas desde o último sábado. Então nesta reunião daqui a pouco, um dos assuntos será este da integração, porque desde o período de 2015, quando foi feita a licitação, era necessário ter a integração, como acontece com o uso do cartão de crédito. Salvador por exemplo, quem faz o uso do metrô, pode fazer integração com o ônibus também, e Feira de Santana precisa de um projeto como este", afirmou.

Ainda segundo o prefeito, para que seja feito o processo de compartilhamento entre empresas e sistema de vans do alternativo, é necessário que tenha uma adesão, resultando em um custo elevado.

"Para fazer o compartilhamento, é preciso de uma adesão, um protocolo que depende de uma entidade e que não é vinculada diretamente a Feira de Santana. O custo não é barato e para fazer isso, existem alguns entraves que precisam ser resolvidos, mas o importante nesse momento é que a situação seja normalizada para beneficiar aqueles que precisam de deslocar", disse.

No último sábado (23), a prefeitura publicou, em edição extra do Diário Oficial, uma portaria em que cria uma Comissão de Sindicância de Processo Punitivo Contratual Especial para apurar os fatos referentes à inadimplência da Empresa de Ônibus Rosa Ltda.

De acordo com o prefeito, essas apurações já estão acontecendo e existe a possibilidade de ser criada uma nova licitação para o transporte público de Feira de Santana.

"Isso está sendo apurado hoje e talvez seja necessário a possibilidade de uma nova licitação. De repente, está na hora de rever os critérios antigos antes da pandemia, como as formas de financiamento", afirmou.

Com relação a punição da empresa São João, o prefeito informou ao Acorda Cidade que será discutido o que deve ser feito durante a reunião com os secretários.
 

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