Gabriel Gonçalves
O município de Feira de Santana amanheceu, nesta segunda-feira (23), sem o transporte coletivo circulando nas vias da cidade. Os rodoviários estão em greve por conta do reajuste salarial de 10,1% reivindicado pelos trabalhadores da categoria, que não foi atendido.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Saulo Figueiredo, explicou que a prefeitura, através da Procuradoria, já solicitou à Justiça o pedido para que a greve seja suspensa.
"Nós tínhamos a esperança até o último minuto do dia de ontem, que o Sindicato dos Rodoviários voltasse atrás na decisão de suspender o serviço, mas infelizmente, nas primeiras horas do dia de hoje, nossa fiscalização nas garagens informou que os ônibus não tinham saído por conta dessa falta de entendimento entre a concessionária do transporte público e o sindicato. Então o município, para tentar reverter esta situação, já nas primeiras horas do dia, através da nossa procuradoria, protocolou junto à Justiça, o pedido para que essa greve seja suspensa, assim como foram feitas em outras cidades do Brasil. Então colocamos nas mãos do poder judiciário essa possibilidade de termos, ainda no dia de hoje, o serviço restabelecido, esse serviço, que segundo a constituição federal é um serviço essencial à comunidade", destacou.
De acordo com o secretário, uma reunião junto com os empresários foi feita recentemente, onde todas as dificuldades foram apresentadas.
"Os empresários tiveram uma reunião conosco na penúltima quinta-feira, ambas as empresas trazendo suas dificuldades e estavam sentados à mesa tanto eu, quanto o prefeito. Esse diálogo vem ocorrendo desde o ano passado quando começou a crise, e o prefeito também falou das deficiências e limitações que o município tem. Os empresários vêm buscando essa negociação de alguma forma para que o município possa subsidiar, mas o prefeito já deixou claro que o reajuste salarial é alto e tem que ser ajustado entre patrão e empregado, porque desde o ano passado, a prefeitura vem fazendo adiantamento de crédito para os funcionários como forma de tentar ajudar o sistema a sobreviver", afirmou.