Gabriel Gonçalves
Durante a inauguração de mais uma policlínica regional instalada no município de Ribeira do Pombal, na manhã desta sexta-feira (9), o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, informou que a pandemia está controlada nesse momento no estado, mas citou que os números apresentados apontam superioridade comparados aos números em setembro de 2020.
"A pandemia nesse momento está controlada com vários indicadores de melhora, mas ainda estamos com números superiores ao que tínhamos no mês de setembro do ano passado. Nós montamos no Lacen, um serviço chamando de farmacogenômica, nós temos estudado essas variantes em todo o estado e até o momento, não identificamos a presença da variante indiana ou também variante Delta aqui em nosso estado", explicou.
De acordo com o secretário, o município de Feira de Santana não se preparou da forma adequada no combate contra o coronavírus. Para ele, a falta de um gripário facilitou o aumento da transmissão da doença.
"Feira de Santana hoje é a segunda cidade com mais casos de Covid em toda a Bahia. É lamentável porque a cidade não se organizou, não existe um gripário, não tem um pronto atendimento dedicado para as pessoas suspeitas de Covid-19, o que aumentou muito a transmissão de casos naquele município e fez com que as UTIs estivessem lotadas. Infelizmente o povo com suspeita se mistura com quem não tem, e as taxas de internação e o número de casos só tendem a aumentar. Todos os outros 400 municípios do nosso estado, possuem um tipo de gripário e Feira de Santana não tem, isso é algo de responsabilidade do próprio município e por isso, a região é um dos principais centros de contágio de Covid aqui na Bahia", destacou.
Para o secretário, o baixo índice de morte em Feira de Santana é decorrente da intervenção que o Governo do Estado fez no município.
"O índice de mortes em Feira só é menor graças à intervenção do Estado que teve que abrir dezenas de leitos de UTI, se não fosse a intervenção do Estado, a mortalidade em Feira de Santana seria elevadíssima. Eu não entendo qual é a dificuldade no entendimento entre o estado e o município, porque nós recomendamos uma coisa que todos adotaram Bahia inteira, e só Feira de Santana não adotou, é uma questão de entendimento, pois é o que deve ser feito com relação ao gripário", afirmou.
Vacinas
Ainda de acordo com o secretário de Saúde, o estado da Bahia é exemplo de vacinação em todo o Brasil, mas lamenta que a quantidade enviada não é suficiente para aplicar em boa parte da população.
"A Bahia hoje é um grande exemplo de vacinação. Nós somos o estado que mais rápido aplica as vacinas, dentro de todos os estados da federação, mas infelizmente, não recebemos da União vacinas em quantidade suficiente para vacinar toda a população em uma velocidade que gostaríamos, principalmente na segunda dose, que faço um apelo para que todos voltem e tomem a segunda dose, pois temos uma diferença muito grande entre uma e outra", concluiu.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.