Laiane Cruz
Por 11 votos contrários e 9 a favor, a Câmara Municipal de Feira de Santana rejeitou nesta quarta-feira (16) o Projeto de Lei 078/21, de autoria do poder executivo, que reformulava a composição dos integrantes do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
O presidente da Casa, vereador Fernando Torres (PSD), afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que o projeto foi rejeitado, devido a alguns vícios e erros, que segundo ele, precisam ser esclarecidos pela prefeitura de Feira.
“É um projeto que tem vários vícios, vários erros, e nosso pedido é que a prefeitura mande os projetos e traga o secretário para que possa debater os vícios. Se fala que esse projeto é para melhorar o CALC da prefeitura, para que possa tomar financiamentos. Ouvi o prefeito dando entrevista e dizendo isso. Nós sabemos que a prefeitura de Feira não precisa tomar financiamento nesse momento e tudo isso tem que ser conversado. O problema é que a prefeitura não conversa com os vereadores e faltou esclarecimentos por parte do governo municipal e diálogo”, declarou o vereador.
Fernando Torres destacou que o Projeto de Lei pode endividar o município em mais de R$ 30 milhões e que segundo informações, os empréstimos serviriam também para financiar o BRT da cidade, cujas obras não finalizadas se arrastam por anos.
“Teve um representante que veio aqui tentar convencer os vereadores a votar em um projeto que pode endividar Feira de Santana em mais de R$ 30 milhões. Se fala até que esse projeto é para poder tomar dinheiro pra o BRT, que nós sabemos que já tem vários anos, que já tomou dinheiro e pode tomar mais dinheiro ainda. O que nós precisamos é que a prefeitura venha à Câmara dialogar com os vereadores e convencer de que os seus projetos são para benefício da população, porque se for, nós votamos. Esse projeto joga a culpa nos vereadores, que é pra formação de conselhos, e nesse projeto também prevê tomar dinheiro em bancos”, destacou.
Questionado se existiria uma guerra entre os vereadores e a prefeitura municipal, o presidente da Câmara disparou que não existe guerra nenhuma. “O que existe é independência, porque a prefeitura de Feira está acostumada com vereadores lagartixas. E aqui na Câmara esses vereadores não são”, concluiu.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade