CPI das cestas básicas

Citado em depoimento na CPI da Cesta Básica, presidente de associação se defende e diz que não cometeu irregularidades

O presidente da associação afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade na distribuição das cestas.

Citado durante depoimento do vereador Paulão do Caldeirão ontem (13), na Câmara de Vereadores, como uma das pessoas que teriam participado da distribuição de cestas básicas durante as eleições de 2020, o presidente da Associação de Moradores do bairro SIM, Elenildo Sobral Pereira, conhecido como Gringo, afirmou hoje (14), em entrevista ao Acorda Cidade que as declarações feitas pelo político não são verdadeiras.

De acordo com ele, cestas foram distribuídas a moradores do bairro, mediante um cadastro prévio.  “Todo mundo sabe que quando estourou a pandemia a prefeitura de Feira de Santana comprou, não sei o número exato, 26 mil cestas básicas e foram distribuídas no Cras, no Creas e algumas associações de moradores de bairro. No bairro Sim não foi diferente, eu estou neste momento presidente da associação de moradores, e encaminhei um ofício para a Secretaria de Ação Social e, mediante um cadastro prévio, que foi feito em 2019, pedi 1.500 cestas básicas. Foi ofertado para a nossa comunidade para atender as famílias carentes 1 mil cestas básicas, os critérios usados nessa distribuição foi um cadastro prévio feito pela associação e pelos agentes de saúde e esse cadastro foi encaminhado e as cestas liberadas”, justificou Gringo.

Gringo não confirmou a data exata de distribuição das cestas, mas disse que no dia que o caminhão chegou com os alimentos à associação, os alimentos foram guardados, e à noite, pessoas da comunidade teriam tentado invadir o local.  “Ocorre que no dia que o caminhão chegou para descarregar, foi 16h. Eu fui lá, recebi, tranquei a associação e fui para casa. Às 21h30, 22h recebi uma ligação que tinha lá 20 prepostos, pessoas da comunidade, tentando invadir para saquear e pegar as cestas. Eu peguei meu filho, peguei meu carro e fui pra lá, entrei na frente e gerou uma discussão lá. O vereador Paulão na sua denúncia, ele como denunciante da CPI, exibiu uma foto minha, uma montagem grotesca, onde tem muitas cestas básicas no chão, ele pegou uma foto minha e fez essa montagem, ou ele pegou ou alguém fez pra ele. Quem tornou isso público foi ele, então ele é responsável por aquela montagem grotesca, daquele rebanho de cesta básica que está lá e com minha foto lá, se aquilo fosse um monte de droga, cocaína, maconha e ele pegasse minha foto e fizesse aquilo, iam dizer que Gringo é traficante, maconheiro e que estava lidando com o ilícito”, declarou. 

O presidente da associação afirmou que não cometeu nenhuma irregularidade na distribuição das cestas.  “No dia da distribuição, eu tenho relato que três agentes da Polícia Federal pegaram a fila, dois homens e uma mulher e foram me pedir para que eu desse a cesta básica. Eu estava lá com o cadastro na mão, gritando e dizendo que ‘aqui só recebe quem está cadastrado’, e que se até 17h da tarde não chegassem os donos dos cadastros, depois das 17h eu distribuiria para todos que estivessem lá. Os agentes foram embora e teve o relatório dele que deve estar anexo em outro processo e disse que na associação comunitária da Lagoa Salgada estava lá o preposto Gringo, e não acharam irregularidade nenhuma. Então a meu favor tem, a minha honestidade, a minha maneira de trabalhar, a minha lealdade, e o depoimento de três prepostos da Polícia Federal que não encontraram irregularidade nenhuma.”

Ele também negou as informações também dadas pelo vereador de que o pai dele, Francisco dos Santos Pereira, conhecido como Tiga, também faria parte do quadro de servidores da prefeitura. “Meu pais, segundo Paulão, é nomeado da prefeitura. Meu pai, senhor Francisco dos Santos Pereira, popularmente conhecido como Tiga, a quem inspiro a minha vida e de caráter de retidão, meu pai passou mal, meu pai não aguentou quando ouviu essa notícia, isso é uma inverdade, meu pai nunca foi nomeado em prefeitura e não é demérito nenhum. Qualquer pessoa, pai de qualquer pessoa que seja pode ser, desde quando vá cumprir seus horários, bater seus cartões e fazer suas obrigações. Então vereador Paulão, tenha respeito quando o senhor falar da minha família. Eu não peço que ninguém goste de mim, nem que tenham empatia de mim, mas que me respeite e respeite a minha família. E para concluir, eu desafio a aparecer uma pessoa, quem quer que seja, que venha a público e diga que no dia eu estava fazendo a distribuição e que eu disse que só iria dar cesta a quem votasse em A, B, C ou D, ou que torcesse pelo meu time ou que cultuasse minha religião.”  (Por Laiane Cruz, com informações do repórter Paulo José)

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