Laiane Cruz
Uma comissão formada por permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras se reuniu na tarde desta sexta-feira (23) para protestar mais uma vez contra as taxas e o aluguel cobradas pelo consórcio que administra o empreendimento. Os comerciantes pedem a intervenção da prefeitura para buscar soluções para os problemas enfrentados por eles.
Eles retrucaram as afirmações dadas pelo empresário e administrador do consórcio Elias Tergilene, que afirmou em entrevistas de rádio, que o local se tornou ‘palco político’ e que os comerciantes não sabem dialogar e querem os boxes de graça.
A comerciante Elizabeth Araújo afirmou que a situação no local é complicada, e os comerciantes estão sempre pautando sobre os valores das taxas e do aluguel, que consideram caras.
“Ele compara o Feiraguay com o Shopping Popular. Não existe comparação com o Feiraguay, que tem mais de 20 anos de mercado, com a realidade que a gente vive aqui hoje, que é uma situação complicada. A gente sempre está pautando que os valores são injustos e o aluguel é caríssimo. Queremos pagar aqui dentro o que compete a nós pagarmos. Não queremos que a prefeitura dê pra gente isso aqui de graça, a gente entende que tem o custo, têm os operários da limpeza, que precisam receber. O que a gente pede pra negociar são os valores do aluguel e os valores das taxas.”
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Ela mostrou ainda um boleto de um dos boxes, que está atrasado e o permissionário corre o risco de ser despejado.
“A gente tem em nossas mãos os boletos verdadeiros de tudo que a gente paga. R$ 457 reais para um box três metros quadrados, essa é a taxa de condomínio e o aluguel de pessoas que já estão pagando desde o mês de janeiro. Essa pessoa está há três meses sem pagar o boleto, com ameaça de ter o box tomado.”
Outra permissionária, Eli Assunção disse que o protesto é sobre valores abusivos e não há política nisso, como o empresário Elias Tergilene afirma.
“Ele diz que os nossos protestos são políticos, mas não existe política nisso. A gente protesta é sobre os valores abusivos. Era pra ser R$ 28 o metro quadrado e não R$ 40 e isso a prefeitura não cumpriu. Em relação a ele falar que todos estão vendendo, isso é mentira. Ele tem que passar o dia todo aqui sentado pra ver se alguém está vendendo. Ninguém vende nada. A gente só quer sentar com o prefeito pra resolver nossa situação”, destacou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Para o comerciante Carlos Eduardo, a prefeitura precisa sentar para dialogar com a comissão e a administração do shopping.
“Queremos que a prefeitura venha trazer um diálogo, e queremos que o prefeito receba nossa comissão pra ver essa situação. Todos os comerciantes aqui estão sem vendas, e comércio sem vender não sobrevivem. Não queremos nada de graça, queremos que eles nos deem condições de pagar.”
Ele salientou que o movimento no local é muito fraco e o empreendimento precisa de melhorias na infraestrutura. “Precisamos que essa Praça do Tropeiro seja revista, porque é muito bagunçada a frente do shopping, precisamos que sejam revistas várias coisas aqui, infraestrutura, que não tem. Por exemplo, a fachada do shopping é muito bagunçada, muitas motos, que atrapalham o cliente. Prometeram caixas eletrônicos e não vieram, casa lotérica, banco. Muitas coisas que eles prometeram no contrato e não cumpriram.”
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade