Feira de Santana

Policiais militares participam de manifestação em solidariedade ao colega que foi morto em Salvador

Eles mostraram que estão insatisfeitos pela forma que são tratados pelo Comando Geral da Polícia Militar e pelo governo do Estado.

Rachel Pinto

Revolta. Essa é a palavra que define o sentimento de policiais militares da Bahia nesta segunda-feira (29). A morte do colega Wesley Góes ontem (28), em Salvador, após protesto no Farol da Barra, mexeu com os ânimos da categoria e várias manifestações foram convocadas em diversas cidades da Bahia.

Em Feira de Santana, em frente a sede da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), PMs se reuniram, na manhã de hoje, para prestar solidariedade a perda de Wesley e para mostrar que estão insatisfeitos pela forma que são tratados pelo Comando Geral da Polícia Militar e pelo governo do Estado.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O policial militar e diretor da Aspra, Paulo dos Anjos, relatou ao Acorda Cidade, que considera a morte de Wesley como uma execução e que isso pode acontecer tanto com outros policiais como com os cidadãos.

Ele frisou que o Bope realiza negociações com bandidos ao ponto de exaustão, mas que com o policial foi diferente. Na opinião de Dos Anjos, houve uma precipitação na negociação e poderiam ter sido usadas outras técnicas para conversar com o Wesley e assim ter evitado o pior. De acordo com ele, o desejo da categoria é que os responsáveis sejam punidos.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“Nós precisamos nos unir, tanto os policiais, bombeiros, como também a própria sociedade, precisamos que a apuração seja o mais isenta possível porque nós não podemos no século 21 coadunar com esse tipo de conduta. Os responsáveis precisam ser alcançados pela justiça, porque hoje o policial militar está nessa situação e amanhã pode ser o cidadão. Existem técnicas de chamar parentes, amigos e parece que quem estava à frente desconhece e inclusive o soldado e deputado Marco Prisco que representa a categoria estava no local e se colocou à disposição, mas não foi levado a frente. Essa informação não foi levada a Wesley. Não foi dado a Prisco esse direito de conversar com um colega para tentar minimizar as coisas. A gente observa que houve uma precipitação e nós precisamos de uma investigação isenta para que a verdade dos fatos, seja mostrada para a sociedade e mais uma vez a verdade não seja colocada para debaixo do tapete, precisamos da verdade e de justiça”, salientou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

O diretor da Aspra declarou que outro motivo de revolta da categoria é que o sangue do policial não foi limpo e continua no Farol da Barra. Ele comentou também que tanto colegas da Bahia, como de outros estados expressaram solidariedade a morte de Wesley.

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