Feira de Santana

Passageiros do transporte público passam horário de restrição noturna aguardando ônibus

Veículos saem lotados e passageiros chegam a ficar mais de uma hora esperando.

Andrea Trindade

Começou nesta sexta-feira (26) em toda a Bahia, as restrições de circulação noturna e suspensão de atividades consideradas não essenciais, o chamado lockdown parcial. O objetivo é conter o avanço acelerado da pandemia de covid-19.

A medida, que segue até às 5h da segunda-feira (1º), iniciou de forma gradual às 17h com o fechamento do comércio de rua. Às 18h, bares e restaurantes com atendimento presencial devem fechar e, às 19h, os shoppings, galerias e demais centros comerciais.

Essa diferença de horário foi estabelecida para escalonar o uso do transporte público e evitar aglomerações nos veículos, no entanto no Terminal Central de Feira de Santana muitas pessoas ainda aguardavam ônibus para chegarem em casa. Além disso, os passageiros enfrentam ônibus lotados, sem distanciamento social, correndo risco de contaminação do coronavírus (covid-19).

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A operadora de caixa, Andrea Almeida, ainda estava no terminal às 20h. A partir deste horário, não é permitida a circulação nas ruas, mas ela tem como justificativa que está a caminho de casa.

A moradora do bairro Tomba, Camile Silva, também aguardava o transporte após o horário com restrições. Ela reclamou da superlotação dos ônibus, que impossibilita o distanciamento social. “É um caos porque os ônibus estão sempre lotados, são poucos ônibus. Todo mundo de máscara, mas não tem como as pessoas ficarem em distanciamento social”, disse.

Larissa da Silva, moradora do bairro Tomba, reiterou as reclamações de Andrea e Camile.

“O transporte coletivo de Feira de Santana é uma vergonha. O prefeito deveria colocar mais ônibus. A população está indignada. São poucos ônibus e muitos passageiros. Na hora de pedir voto sabem pedir, dizem que se importam com a população, mas não se importam de jeito nenhum. Estou esperando ônibus há duas horas para o Tomba e vai lotado. Correndo risco de vida, não tem distanciamento social não”.

Vale lembrar que o decreto estadual determina que os estabelecimentos encerrem suas atividades com até 30 minutos de antecedência, de modo a garantir o deslocamento de seus funcionários às suas residências, mas ainda assim não é tempo suficiente.

Leia também: Decreto impõe limite para circulação de pessoas; veja o que pode funcionar

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
 

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